Em Mato Grosso, as forças de segurança retiraram mais de duas toneladas de drogas de circulação, no período de 1° a 24 deste mês, durante a Operação Narco Brasil, realizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em todo o país. No estado, a ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Foram empregados 2.057 profissionais da Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica. Neste período, foram feitas 95 diligências, 1.654 blitze e barreiras, 32.538 abordagens a pessoas e 15.444 veículos fiscalizados. A ação resultou ainda em 269 Autos de Prisão em Flagrante (APFs) lavrados, e apreensões de 134 armas, 380 munições, R$ 52,5 mil e 64 veículos.
O secretário adjunto de Integração Operacional da secretaria e coronel PM, Victor Fortes, ressalta que o combate ao uso e tráfico de drogas passa por ações preventivas e repressivas. “Atuamos de forma integrada, com diversas atividades preventivas e repressivas desenvolvidas. A proposta da Narco Brasil foi intensificar a mobilização nacional e Mato Grosso faz parte desse enfrentamento”.
Pela Polícia Civil, foram instaurados 363 inquéritos, dos quais foram concluídos 295. “Os números são expressivos e demonstram o quanto as instituições de segurança trabalham cotidianamente. São prisões, apreensões de drogas, armas e dinheiro, inquéritos instaurados, investigações qualificadas que atingem a capacidade financeira de organizações criminosas, por meio de bens apreendidos e valores bloqueados”, frisa a titular da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, Juliana Chiquito Palhares.
Segundo ela, o combate ao tráfico de drogas deve ser entendido e planejado desde a pequena boca de fumo do bairro que incomoda a comunidade até as grandes organizações criminosas que lucram com essa atividade ilícita e fomentam outros crimes, como os homicídios, a violência doméstica, furtos, roubos, etc.
Também foram cumpridos 102 mandados busca domiciliar e 99 mandados de prisão. O total de pessoas presas chegou a 766. O subchefe do Estado Maior Geral da Polícia Militar, coronel PM Carlos Eduardo Pinheiro da Silva, destaca que os 15 Comandos Regionais envolvidos na operação obtiveram bons resultados. “Foi uma operação que veio ao encontro dos três eixos da Polícia Militar, que é o enfrentamento ao homicídio, roubo e uso e tráfico de entorpecentes. Acreditamos que surtiu o efeito desejado”.
Complementando a parte repressiva, a Politec é responsável pela confecção dos laudos periciais de todo o material apreendido. No caso dos entorpecentes, por exemplo, junto com o relatório técnico, a droga e apetrechos utilizados na atividade de tráfico são devolvidos para a DRE em envelopes de segurança lacrados. “Quando autorizada a incineração da droga pelo Poder Judiciário, fazemos a conferência dos lacres (integridade e relação) para assegurar que o material a ser incinerado está idôneo e corresponde à lista de materiais que serão incinerados. Esta conferência é feita na delegacia, antes do dia da incineração, e mais duas vezes no dia”, acrescenta o gerente de Perícias em Química Forense, perito oficial criminal Ewerton Ferreira Barros.
Dentre os vários servidores da Politec envolvidos estão peritos oficiais criminais, técnicos de laboratório, servidores da área administrativa, todos da Gerência de Perícias em Química Forense e da unidade de inteligência da Politec.