O MT Gás está realizando estudos de viabilidade econômica para a produção de biogás e biometano no Médio Norte e os produtos serão fabricados em empresas da região para fornecimento às indústrias do entorno, o que contribuirá com a redução de custos desse tipo de matéria-prima, reaproveitamento de lixo orgânico e biomassa.
O termo de cooperação firmado entre o MT Gás, governo do Estado, Senai e as empresas Sanorte Saneamento Ambiental, de Sorriso, e uma usina de etanol e açúcar, de Nova Olímpia, tem como finalidade gerar economia para indústrias instaladas na região, por meio da fabricação do produto no local ou mais próximo de onde será utilizado.
Segundo o presidente do MT Gás, Rafael Reis, a perspectiva é facilitar o acesso aos produtos, de modo a garantir insumos às indústrias, dentro do próprio Estado. “Queremos saber se as empresas locais têm condições de suprir a demanda de consumo industrial, porque se isso for viável como é nossa expectativa, os custos vão cair bastante, já que não será necessário trazer esses produtos de fora para abastecê-los”, frisa ele.
O aterro sanitário de Sorriso queima o biogás há mais de dois anos, em 15 bocas de chaminés. A medida é necessária para não estufar e explodir o aterro. “Temos que aproveitar o potencial existente no município. Para isso, estamos fazendo os estudos que vão identificar o volume de biogás gerado por dia no aterro, a qualidade e composição desse gás e onde poderá ser aplicado na região de atuação”, explica Miranda.
Confirmada a viabilidade de produção do biometano, será construída uma usina de biodigestores para o bagaço de cana em Nova Olímpia, que vai atender também aos municípios de Diamantino, Tangará da Serra, Barra do Bugres, Nova Marilândia e demais cidades da região.
O estudo identificará onde pode ser empregado o gás, a quantidade de demanda que há na região e qual o modelo de entrega mais eficaz para o MT Gás aplicar. Os levantamentos devem ser concluídos em até quatro meses, informa a assessoria.