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Júri de acusados de matar homem a pauladas e pedradas em Sinop é antecipado

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: Só Notícias/arquivo)

A Justiça decidiu antecipar o júri popular de dois acusados de assassinar Carlos Alexandre Leite da Silva, 31 anos. A vítima foi morta a pauladas e pedradas, em janeiro de 2017, em uma região de chácaras na comunidade Vitória, em crime supostamente motivado pela guerra entre facções criminosas.

O julgamento estava previstao para o dia 29 de julho. No entanto, como os atendimentos presenciais, que estavam suspensos por causa da pandemia, foram retomados, o júri acabou sendo antecipado para o próximo dia 10 de junho. A decisão levou em consideração o fato de que os dois réus estão na cadeia e, nestes casos, há maior prioridade para a tramitação dos processos.

O júri será realizado de forma híbrida, com algumas partes podendo participar apenas pela internet. Foram autorizados a ficar no plenário apenas a juíza-presidente do julgamento, auxiliares de justiça, promotora, os réus e seus advogados, e os jurados.

Em 2018, a Justiça decidiu mandar a dupla a júri popular. Eles vão responder em julgamento por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Também foram pronunciados por corrupção de menores (seis vezes) e organização criminosa. Os acusados seguem presos.

No final do ano passado, a juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim, impronunciou um terceiro acusado de envolvimento no homicídio. Com a decisão, o homem não irá a júri popular e deixou de responder pelo crime, a não ser que surjam novos indícios de autoria.

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), o crime foi cometido por cerca de dez pessoas, a maioria, menores de idade. Um policial civil que trabalhou nas investigações declarou à Justiça que o assassinato foi motivado em razão de uma rixa entre facções.

Detalhou também que o rosto da vítima ficou totalmente desfigurado “em razão dos diversos golpes que sofreu”. Os criminosos também escreveram, ao lado do corpo de Carlos, as siglas C.V., em referência a uma facção criminosa.

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