O exame toxicológico feito no corpo do funkeiro MC Kevin, que morreu após cair da varanda de um hotel no Rio no último dia 16, confirmou que ele havia usado droga. Segundo o laudo de peritos da Polícia Civil obtido pelo UOL, foi encontrada a a substância sintética MDMA no sangue do artista. A polícia aguardava este exame e a perícia nos celulares para poder encerrar as investigações do caso.
Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, explica ao UOL que o MDMA é o princípio ativo mais comum do ecstasy. “A mistura de MDMA com álcool aumenta o efeito estimulante do ecstasy. Esse tipo de droga pode aumentar libido e efeitos sensoriais. A presença de álcool pode potencializar os efeitos e, sem dúvida, a pessoa, fora do seu juízo normal, pode sim ter os reflexos afetados”, apontou.
Segundo especialistas, o MDMA se assemelha a microcristais ou uma espécie de pó mais grosso. Quando diluído em água ou em contato direto com a saliva, entre 20 e 25 minutos após seu consumo já provoca euforia, bem-estar, distorção da realidade e até alucinações. Essa mistura pode causar taquicardia, infarto e perda de reflexo. O usuário fica completamente fora de si a ponto de perder qualquer noção, até mesmo do perigo.
Ontem, outro exame já tinha indicado que Kevin ingeriu bebida alcoólica antes do incidente — a concentração de álcool encontrada foi de 13 decigramas por litro (13dg/L) no sangue do cantor. Os resultados dos exames vão ao encontro do depoimento das testemunhas do caso. Para a Polícia Civil, os amigos de MC Kevin relataram que no dia da morte o cantor ingeriu uma grande quantidade de bebida alcoólica, como gim e cerveja, e usou drogas. A perícia concluiu que a morte foi um acidente.