A Polícia Militar acaba de prender um acusado de envolvimento no homicídio de Elenilton Viana Sousa, 18 anos. O jovem foi assassinado a tiros, em janeiro deste ano, na região do Salto Magessi, no distrito de Boa Esperança do Norte, e jogado no rio Teles Pires. O corpo foi encontrado quase um mês depois, em avançado estado de decomposição.
O suspeito de participar do crime tem 43 anos e foi localizado no distrito de Boa Esperança do Norte. Segundo o sargento Pedro Alves, o acusado estava com mandado de prisão decretado pela Justiça. Aos policiais, o homem disse que tinha conhecimento do assassinato, mas que não participou.
“Ele nega, porém, sabia do que aconteceu. Ele afirma que viu o momento do sequestro, das torturas, e até chegar perto do Salto Magessi. Disse que chegou até um local próximo, depois retornou”, explicou Pedro Alves.
O militar ainda detalhou que, como a investigação permanece em aberto, ainda não há certeza sobre quantas pessoas participaram da morte de Elenilton. “Estamos aguardando, isso está sendo apurado. Mas temos certeza de que há uns três ou quatro envolvidos nesse crime”, comentou o sargento.
O homicídio foi presenciado por um amigo da vítima, que conseguiu se salvar ao pular no rio e ser levado pela correnteza. Ele procurou ajuda no destacamento de Polícia Militar, onde relatou o crime. A versão é que saiu com Elenilton para encontrar uma mulher e, ao chegarem em um local escuro, foram abordados por três homens, imobilizados, amordaçados e levados até uma residência. No local, foram agredidos e ameaçados.
No dia seguinte, eles foram levados vendados e amordaçados para o Salto Magessi. Elenilton foi colocado de joelhos e, em seguida, executado. O que sobreviveu contou que viu, por baixo da venda que estava em seus olhos, enquanto um criminoso segurava seu amigo e o outro disparou. Posteriormente, os bandidos pegaram o outro jovem e levaram no mesmo lugar onde executaram o primeiro. Porém, ao chegar perto da margem ele se jogou no rio e foi levado pela correnteza. Em seguida, conseguiu se desamarrar e buscar socorro.
O jovem procurou a polícia e disse que postou um vídeo nas redes sociais de apologia a uma facção criminosa. Uma mulher teria visualizado e perguntado se ele era integrante. Ele respondeu que não. Os policiais foram até a residência da mulher e ela confessou que encaminhou o vídeo para o integrante de uma organização rival.
A Polícia Civil conseguiu identificar essa acusada. No entanto, após ser ouvida, ela acabou sendo liberada.
Atualizada às 19h43