O governador Mauro Mendes afirmou, hoje, que espera da CPI da Covid, no Congresso Nacional, atuação “com seriedade e responsabilidade”. Hoje prestou depoimento o ex-ministro Eduardo Pazuello. A CPI investiga as ações do Governo Federal no enfrentamento à covid, bem como a aplicação de recursos federais relativos à pandemia por estados e municípios.
“Cabe agora aos parlamentares fazerem as investigações com seriedade, com responsabilidade, sem pirotecnia e barulho. É isso que eu espero. É um direito que o Legislativo tem e defendo que ocorra desta forma”, afirmou o governador.
Mauro ressaltou que todas as instituições, inclusive o governo de Mato Grosso, têm o dever de prestar contas de suas ações à sociedade e aos órgãos de controle sobre a atuação no combate à covid-19.
“Eu trabalho corretamente e quando a gente trabalha corretamente as coisas funcionam e se cria uma cadeia positiva de boas ações. Todos nós temos o dever de prestar contas e nós prestamos contas”, relatou.
No total, conforme o governador, já foram aplicados mais de R$ 640 milhões desde o início da pandemia em 2020, sendo R$ 371 milhões de recursos próprios do governo de Mato Grosso e R$ 260 milhões do governo Federal.
“Usamos esses valores para custear os hospitais, as UTIs, medicamentos, testes, contratação de pessoal… Uma única UTI custa em média R$ 2 mil por dia. Nós estamos bancando mais de 600 em todas as regiões. São mais de R$ 36 milhões por mês só com UTIs. Fizemos grandes investimentos para salvar vidas de quem infelizmente teve uma complicação maior”, destacou.
Do valor total, foram investidos R$ 400,7 milhões com contratações e despesas nacionais, a exemplo de serviços de UTIs, leitos clínicos, médicos e equipamentos (R$ 244 milhões), aquisição de equipamentos (R$ 38,7 milhões), serviços hospitalares (R$ 19,9 milhões), além de despesas com exames, medicamentos, insumos, ambulâncias, mobiliário e testes.
Mais R$ 35,7 milhões foram usados para aquisições fora do país, como a compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes, equipamentos e serviços de importação.
Também houve investimento de R$ 34,2 milhões para estruturar e ampliar a rede hospitalar estadual, sendo R$ 20,6 milhões ao Hospital Metropolitano de Várzea Grande; R$ 3,4 milhões para a rede de frios; R$ 5,2 milhões para o Hospital Regional de Colíder e R$ 5 milhões para a ampliação no Regional de Cáceres.
Outro foco da gestão foi a abertura e custeio dos leitos de UTI, em parceria com as prefeituras, em todas as regiões de Mato Grosso. Foram repassados R$ 89,6 milhões para os municípios realizarem a manutenção dos leitos, que custam em média R$ 2 mil por dia, cada leito. Mais R$ 5,7 milhões foram destinados a auxiliar os municípios no custeio dos centros de atendimento e de triagem.
Ainda foram destinados R$ 76,1 milhões para as despesas com pessoal, englobando os profissionais de saúde de todos os hospitais estaduais, e de unidades como o Centro de Triagem Covid-19 e o Laboratório Central, bem como o pagamento do adicional aos profissionais da linha de frente, informa a secretaria adjunta de Comunicação.