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Justiça define data para julgar três acusados de assassinato brutal no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

A Justiça decidiu marcar para a próxima sexta-feira (28) o julgamento dos acusados de envolvimento no assassinato de Paulo Sergio da Silva, 33 anos, ocorrido em abril de 2018, no bairro Habitar Brasil, em Cláudia (90 quilômetros de Sinop). A decisão leva em consideração a retomada dos atendimentos presenciais no fórum da comarca.

A juíza Thatiana dos Santos também ponderou que o processo envolve três réus que estão presos preventivamente desde abril de 2018. A magistrada ainda destacou na decisão que a “solenidade respeitará todos os protocolos sanitários, devendo as partes comparecerem obrigatoriamente de máscara e não será aberta ao público, a fim de evitar aglomerações desnecessárias”.

O julgamento será no prédio da câmara de vereadores do município e começará às 8h. O trio será submetido a júri popular por homicídio qualificado cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Todos negam envolvimento no crime.

No mês passado, a juíza negou o pedido feito pela defesa de um dos réus para revogação da prisão preventiva e reanalisou as prisões dos outros dois suspeitos. Nos três casos, o entendimento foi de que a segregação deveria ser mantida.

Conforme a denúncia do Ministério Público, os acusados esperaram Paulo entrar em casa e invadiram o local “de forma sorrateira”. Eles teriam arrombado a porta da frente do imóvel e encontraram a vítima dormindo em um colchão. A denúncia aponta que o grupo “aproveitando-se da superioridade numérica, surpresa, avançada hora e modus” matou Paulo com diversos golpes de arma branca. A vítima ainda teve uma das pernas quebradas.

Um policial civil, em depoimento à justiça, disse que o crime foi cometido por vingança. Segundo sua versão, a Polícia Civil apurou que a vítima teria, na semana anterior, lesionado dois dos suspeitos. Paulo teria agido assim porque, segundo o policial, queria ser uma espécie de “justiceiro” indo “tirar satisfação” com quem causasse intranquilidade no bairro.

O escrivão afirmou que nunca tinha visto “uma cena de crime tão chocante, pois a violência utilizada em face da vítima foi brutal”. Paulo foi sepultado em Cláudia.

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