A empresa de Cuiabá foi contratada por mais de R$ 6,7 milhões para gerir 10 Unidades de Terapia Intensiva exclusivas para tratamento da Covid no Hospital Regional de Sinop. O contrato tem vigência de 180 dias, ou seja, o investimento diário por parte do governo do Estado é de R$ 37,5 mil (R$ 3,7 mil por leito).
Consta no extrato da contratação que a empresa prestará serviços de gerenciamento técnico, fornecimento de recursos humanos, materiais, medicamentos, insumos farmacêuticos, incluindo fornecimento de equipamentos de UTI e prestação de serviços médicos de nefrologia.
Não é detalhado no entanto, quando os leitos voltam a receber pacientes. A contratação foi por meio de dispensa de licitação e celebrada pelo secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, com o representante da empresa licitante.
Atualmente, no boletim epidemiológico, o Hospital Regional de Sinop aparece com 10 UTIs no status de bloqueadas, ou seja, sem receber internações. Outras 19 estão funcionando, sendo que nove estão vagas, segundo a última atualização da pasta estadual.
O documento da contratação foi publicado no Diário Oficial do Estado, que circulou, ontem.
Na última semana, a secretaria estadual suspendeu temporariamente os 10 leitos em questão. A definição foi devido ao não cumprimento de normas e requisitos técnicos por parte da empresa responsável por gerir as unidades.
Em seguida, o juiz Mirko Vincenzo Giannotte determinou que o governo do Estado não suspendesse as 10 UTIs. Os leitos, segundo a decisão do magistrado, deveriam ser mantidos até o fim da pandemia, sob pena de ser fixada multa diária em caso de descumprimento.
O magistrado ainda lembrou que o Estado é autorizado, por exemplo, a realizar dispensa de licitação para as contratações necessárias, a fim de dar maior celeridade.