A Confederação Nacional da Indústria (CNI) constatou que Mato Grosso teve o sétimo maior crescimento na participação industrial nacional e demonstra uma década de amadurecimento e expansão. A análise registra que, neste período, ocorreu uma importante desconcentração da indústria brasileira, com redução da participação da região Sudeste no PIB industrial e um aumento na participação das demais regiões geográficas, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
O Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT) mostram que o setor industrial do Estado subiu oito posições no ranking nacional, saindo de 0,87%, em 2008, para 1,45% até 2018. Serviços e tecnologia em saneamento e outros ramos de utilidade pública tiveram o maior crescimento até 2018, data dos últimos dados do estudo.
A indústria de transformação é responsável por mais da metade do valor adicionado bruto, o equivalente a 57% no biênio 2017/18. Ainda segundo o Observatório da Indústria, o setor da construção civil teve acréscimo de 0,78% e passou a ocupar o 4º lugar em crescimento nos últimos dez anos.
No contexto nacional, a indústria extrativa de Mato Grosso figura em 5º lugar, e teve avanço de 0,78%. Já os Serviços Industriais de Utilidade Pública tiveram expansão de 1,16% e ocupam o 6º lugar no ranking brasileiro
Como os setores de geração e distribuição de energia e telecomunicações estão diretamente ligados à aprovação do marco regulatório do saneamento no Congresso Nacional, a tendência é que os serviços de utilidade pública continuem recebendo grandes investimentos privados. “Em Cuiabá, Sinop e Cáceres, por exemplo, o saneamento é um setor que tem crescido muito. E com novas necessidades de tecnologia para o tratamento de água e esgoto, esse segmento industrial continuará em expansão”, avalia o presidente da Fiemt, Gustavo de Oliveira.
A indústria da transformação, sobretudo a produção de bicombustíveis e alimentos, também deve continuar dando maior protagonismo ao setor industrial de Mato Grosso. “Somente a produção de combustível gerou investimento de R$ 20 bilhões em três anos. O biodiesel e o etanol são os produtos com mais destaque, e em 2021 devemos alcançar a marca de 4 bilhões de litro de biocombustível produzidos. E, no ano que vem, devemos ultrapassar 5 bilhões de litros”, finaliza Gustavo, através da assessoria da Fiemt.