Mato Grosso fechou o mês de abril com uma redução de cerca de 18% nos alertas de desmatamento, em comparação com o mesmo mês do ano anterior. O Estado também apresenta queda na média dos últimos nove meses, entre agosto de 2020 e abril deste ano, com redução de 29% nos alertas de desmatamento, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O mês de agosto é o início do ciclo de monitoramento oficial utilizado pelo órgão de meio ambiente.
Enquanto Mato Grosso apresenta uma redução do desmatamento, isoladamente, o bioma Amazônia, que está presente no território de nove estados, apresentou em abril uma alta de 43% no corte raso de vegetação. A maior floresta tropical do mundo atinge os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. “Se excluirmos Mato Grosso dos dados, a Amazônia teria um aumento de 77% no mês de abril, o que significa que estamos contribuindo significativamente para a redução do desmatamento da Amazônia, com um percentual de redução que representa o dobro do geral do bioma. O fortalecimento do combate às ilicitudes ambientais é um pilar da política ambiental que contribui para este resultado positivo”, afirma a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti.
O dado oficial é do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais . O valor representa o desmatamento total, incluindo o ilegal, e o com autorização ambiental, seguindo as regras do Código Florestal brasileiro.
Em abril do ano passado, o corte raso de vegetação identificado pelo INPE chegou a 142 km², enquanto em abril deste ano, o valor foi de 117 km². Já no total acumulado no período dos últimos nove meses foi de 1267 km², enquanto no mesmo período do ano anterior, o desmatamento apurado foi de 899 km², registrando a queda de 29% no período.
Já na Amazônia Legal o corte raso identificado por satélite foi de 562 km², e em comparação com os 393 km² de abril de 2020, apresentou alta de 43%. Nos últimos nove meses, o bioma apresentou uma redução de 14% nos alertas de desmatamento, enquanto Mato Grosso chega a 29% de redução, colaborando significativamente para a redução do desmatamento da Amazônia.
O DETER é um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia, feito pelo INPE. Foi desenvolvido como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e demais órgãos.
O Estado está investindo esse ano de ao menos R$73 milhões em ações de combate e prevenção ao desmatamento ilegal e incêndios florestais, o maior orçamento da história para esta finalidade. Mato Grosso possui uma estrutura de monitoramento e fiscalização voltada para a prevenção e combate aos ilícitos ambientais, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal, e valorizar os que produzem de modo sustentável, com autorização ambiental.
O monitoramento preventivo identifica o desmatamento em tempo real, ainda no início, e permite que a ação ilegal seja interrompida. Esta é uma das ações do Estado que auxiliou a frear os índices de desmatamento. A Plataforma de Monitoramento com Imagens de Satélite Planet monitora todo o território mato-grossense com imagens de satélite, e gera alertas de alterações na cobertura vegetal. O serviço foi adquirido com recursos do Programa REDD+ For Early Movers (REM).
Outra medida para impedir a continuidade do crime ambiental é a determinação legal para a apreensão de equipamentos e maquinários utilizados no desmate ilegal, e condução dos responsáveis para a responsabilização.