As usinas de oxigênio serão instaladas na Unidade de Pronto Atendimento, na avenida André Maggi e no Hospital Santo Antônio, através do programa “Salvando Vidas”, um financiamento coletivo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. A previsão é que a operação inicie em 60 dias, com investimento de R$ 2,6 milhões, sendo parte da Sinop Energia e outra do BNDES.
Na UPA, a usina terá capacidade para produzir 20 metros cúbicos por hora, ou seja, suficiente para até 50 leitos da unidade, além de 25 Unidades Básicas de Saúde e até 100 pacientes que fazem uso domiciliar de oxigênio. Já no hospital, é de 30 metros cúbicos por hora, e atenderá até 40 Unidades de Terapia Intensiva, 160 leitos de internação, bem como o centro cirúrgico e maternidade.
“Vai ser um conforto muito grande. Na Semana Santa, foi praticamente o pico da Covid em Sinop e passamos por algumas situações na UPA que não faltou o oxigênio, mas chegou perto disso. Foi aquela situação da gente ter oxigênio para mais duas ou três horas, que a qualquer momento poderia estar faltando e as empresas de Sinop também não tinham, estavam em seus limites porque atendem toda a região”, analisou o secretário municipal de Saúde, Valério Gobbato.
Dorner lembrou que trás segurança para o município caso haja um novo pico da Covid. “Tudo que vem para nossa saúde é muito positivo, até em outros assuntos, mas a saúde principalmente. Temos essa deficiência, ficamos preocupados que poderia faltar oxigênio, e ficamos preocupados em não dar conta de trazer para a cidade. Agora nós temos certeza que não vai faltar mais à nossa cidade, porque vamos ter produção própria”, destacou.
O diretor-presidente da Sinop Energia, Ricardo Padilha detalhou que a parceria com o BNDES foi fundamental para o avanço. “Quando chegou a pandemia em 2020 começamos repensar alguns programas que não haviam sido executados, isso nos permitiu que a gente destinasse recursos aplicados no Covid. É um trabalho de formiguinha e esse é um dia muito alegre”, ponderou.
De acordo com a prefeitura, no ano passado a secretaria municipal de Saúde destinou R$ 561 mil para a compra de oxigênio, volume 117% maior que o gasto em 2019. Em 2021, somente a UPA já direcionou mais de R$ 431 mil para a compra de oxigênio. Ainda não há detalhes da economia que será gerada.