A audiência pública para apresentar os fundamentos técnicos da tomada de decisão pela implantação do sistema do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, para o transporte coletivo da Região Metropolitana de Cuiabá será nesta sexta-feira, às 10 horas, de forma virtual nas plataformas digitais oficias do governo do Estado.
A audiência será conduzida pela equipe técnica da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, com a participação da secretaria de Estado de Fazenda, da Procuradoria Geral do Estado e da Controladoria Geral do Estado.
Os estudos foram elaborados pelo governo estadual e pelo grupo de trabalho criado em conjunto com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e a Caixa Econômica Federal. Os documentos podem ser acessados e também estão disponíveis para download. Eles vão subsidiar a audiência pública a ser realizada pelo Governo de Mato Grosso, a fim de dar maior transparência e clareza em relação à escolha pelo BRT.
A consulta pública para apresentação de estudos terminou no dia 28 do mês passado. Os interessados puderam analisar e avaliar todos os estudos e documentos que levaram à conclusão de maior viabilidade do BRT como solução de mobilidade urbana na região metropolitana da Capital.
De acordo com os estudos apresentados, a solução por BRT apresenta o menor custo e menor tempo de implantação quando comparado a outros modais. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 460 milhões, com a aquisição da frota de ônibus elétrico. As obras devem durar até 24 meses.
Para a implantação do BRT, o governo do Estado se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Os estudos apontam ainda que o BRT terá uma tarifa mais acessível quando comparado ao sistema VLT. Ou seja, mensalmente o VLT demandaria um custo adicional que poderia vir a ser custeado pelos usuários por meio da tarifa ou por meio do aumento dos subsídios públicos.
Além disso, ainda segundo os estudos, o BRT proporcionará maior flexibilidade de operação junto aos ônibus do sistema alimentador dos municípios, permitindo reduzir o número de integrações para os usuários quando comparado à modelagem da rede com o sistema VLT, dada a possibilidade de uso compartilhado no corredor segregado.