A falta de chuva está preocupando os produtores rurais de Sorriso que semearam cerca de 60% do milho safrinha no tempo certo e o restante fora da janela nos 420 mil hectares no município. A estimativa para este ano era de 100 sacas por hectare, mas pode haver quebra dependendo das mudanças climáticas. O presidente do sindicato Rural, Silvano Filipetto, está orientando a montagem de laudo técnico para os produtores que tiveram prejuízos e queiram se beneficiar do decreto de situação de emergência que ainda está em vigor.
“Estamos um pouco preocupados. Até semana passada, tínhamos lavoura com 20 até 30 dias sem chuva, porém, no sábado para domingo deu uma chuva em alguns pontos, choveu bem. Choveu 30 milímetros em um lugar, outro 5. Porém, temos alguns produtores nos informando que na área deles não choveu. Está muito desparelho. Temos área com o milho bastante danificado, com folhas enroladas. Busquem seu agrônomo, façam laudo técnicos, tirem fotos. Como foi feito na soja. Lá era chuva, agora é seca do milho. É preocupante porque o atraso foi muito grande”.
O presidente emendou que, “estamos de 20 a 30 dias, dependendo da lavoura com atraso no plantio. Agora, está aparecendo o prejuízo. A meteorologia está dizendo que são chuvas de pancada, vai chover num lugar e não no outro. Pelo que estamos vendo no campo, é exatamente isso que está acontecendo. Teve talhões onde choveu 30 milímetros domingo, outro 5, mas não na fazenda inteira. Porém, tem (propriedades de) associados onde choveu 50 e outro só tem poeira. Isso vai se manter até o final da chuva”.