A Polícia Civil está tentando localizar o suspeito que receptaria as 50 toneladas de soja apreendidas, ontem, entre Sorriso e Ipiranga do Norte, avaliada em torno de R$ 150 mil. A carga estava sendo desviada de uma propriedade e levada para um local que os investigadores ainda não sabem a localização. Ela seria vendida entre R$ 60 e R$ 90 mil. Dois suspeitos, de 50 e 22 anos, foram presos. Um era o motorista do caminhão e o outro classificar da propriedade. Segundo a polícia, ele teria articulado para carregar o veículo.
“A questão da receptação é crime. Será apurado para ver se existe algum armazém que está recebendo. Temos informações que cidades da região teria esses armazéns, não necessariamente em Sorriso, mas isso vai ser apurado no decorrer das investigações. Os presos são da região. Ele (suspeito) estaria trabalhando há mais ou menos um ano na fazenda. Os produtores tem que se certificar das pessoas que são contratadas, principalmente no momento do carregamento do veículo. Tirar fotos dos motoristas, das habilitações. Tem que se cercar de todos os meios”, disse o delegado de Polícia Civil, Márcio Portela.
Conforme Só Notícias já informou, os policiais receberam informações de uma carga que teria sido desviada de uma propriedade, monitoraram a carreta semirreboque que saiu de Ipiranga do Norte carregada. O motorista parou em um trecho da estrada e os policiais solicitaram a nota fiscal da carga. O homem apresentou nota fiscal falsa de outra carreta e carga distinta, que não era compatível com a carreta que ele conduzia. Ao ser questionado pelos policiais sobre a nota falsa, ele alegou que era apenas para ludibriar, caso fosse abordado pela polícia ou fiscalização porque a carga que estava transportando não tinha nota fiscal.
Ele informou ainda que a empreitada já estava combinada com uma pessoa que trabalha como classificador de grãos em uma empresa de Sorriso, mas que estava prestando serviço na fazenda onde a soja foi carregada. O suspeito disse ainda que receberia R$ 5 mil para participar do esquema de furto da carga. O motorista disse também que foi instruído a levar a carga até Sorriso, mas que não sabia o local onde seria realizada a descarga e que uma pessoa entraria em contato com ele ao se aproximar da cidade.