O governo estadual fará no próximo dia 7, às 10 horas, audiência pública virtual para apresentar e debater os estudos e modelagens técnica e econômico-financeira que subsidiaram a escolha pela implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), movido à eletricidade, interligando as duas cidades. Podem participar todos os interessados em discutir os estudos e documentos que levaram à conclusão de maior viabilidade do BRT como solução de mobilidade urbana na região metropolitana.
Serão apresentados os estudos que foram elaborados pelo governo de Mato Grosso e pelo Grupo de Trabalho criado em conjunto com a secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e a Caixa Econômica Federal a respeito da solução por ônibus. Todos esses estudos já estão disponíveis aos interessados no site da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística. Os documentos são disponibilizados como parte da consulta pública realizada pelo governo de Mato Grosso, a fim de dar maior transparência e clareza em relação à escolha pelo BRT. O prazo da consulta pública se encerra no dia 28 deste mês.
O governo aponta que solução descartando o VLT, que não foi concluído desde 2014, pelo BRT apresenta o menor custo e menor tempo de implantação quando comparado a outros modais. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 460 milhões, com a aquisição da frota de ônibus elétrico. As obras devem durar até 24 meses.
Para a implantar o BRT, o governo do Estado se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da avenida Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Os estudos apontam ainda que o ônibus rápido será uma tarifa mais acessível quando comparado ao sistema VLT. Ou seja, mensalmente o VLT demandaria um custo adicional que poderia vir a ser custeado pelos usuários por meio da tarifa ou por meio do aumento dos subsídios públicos, expõe o governo.
Além disso, ainda segundo os estudos, o BRT proporcionará maior flexibilidade de operação junto aos ônibus do sistema alimentador dos municípios, permitindo reduzir o número de integrações para os usuários quando comparado à modelagem da rede com o sistema Veículo Leve sobre Trilo, dada a possibilidade de uso compartilhado no corredor segregado.
Outro destaque favorável à solução por ônibus, conforme identificado nos estudos, está na possibilidade de extensão dos corredores estruturais de transporte coletivo para bairros populosos e mais distantes da área central a um custo menor do que a solução ferroviária com o VLT.