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Conta de energia ficará 8,90% mais cara em Mato Grosso; para indústrias passa de 10%

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou nesta quinta-feira o índice de reajuste tarifário da Energisa Mato Grosso. O efeito médio percebido pelo consumidor será de 8,90% e entra em vigor de imediato. Os clientes de baixa tensão (residencial e parte do comercial) terão correção de 8,34%. Para clientes atendidos em alta tensão (caso das indústrias), o ajuste é de 10,36%. 

A data original para o reajuste seria 8 de abril, porém o cálculo inicial da Aneel indicava percentuais bem mais altos, na casa de 25%, em decorrência dos efeitos negativos da pandemia de Covid-19 na economia brasileira. Para evitar esse impacto, o setor elétrico brasileiro se mobilizou, sob liderança da Aneel e do Ministério de Minas e Energia, envolvendo diversas entidades, como Itaipu Binacional, Associação das Distribuidoras (Abradee), Associação das Transmissoras (Abrate) e, principalmente, as concessionárias. A mobilização incluiu a emissão do Decreto nº 10.665 pelo Presidente da República.

O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, reconheceu o esforço feito pelo setor para amenizar o reajuste, mas pondera que o aumento ainda assim será significativo. “É mais uma grande pressão sobre os custos das indústrias, que claramente vão precisar de outras estratégias para redução do impacto, investindo em eficiência energética e buscando custos de aquisição menores, com energia fotovoltaica ou mesmo via mercado livre”, comenta. “A Fiemt está à disposição das indústrias para orientar e apoiar essas iniciativas”.

Segundo a Aneel, diversos fatores influenciaram a alta no custo da energia: os 17,8% de alta do dólar, que afetam diretamente a tarifa da energia gerada por Itaipu, o uso mais intenso de termelétricas, a suspensão da cobrança das bandeiras durante seis meses em 2020, a alta de 31% no IGP-M e o aumento nas tarifas de transmissão.

Como destacado pela Aneel, entre as principais providências para a redução do reajuste deste ano em Mato Grosso está a renegociação do prazo para pagamento de contratos de transmissão de energia relativos a créditos decorrentes da reforma do segmento em 2013. Também foram utilizados créditos provenientes de negociações com Itaipu Binacional. 

Além disso, a concessionária de energia em Mato Grosso ofereceu, de forma voluntária, diferimento de parcela do reajuste. De acordo com a empresa, a medida preserva os contratos e demonstra o compromisso do setor elétrico com a população diante da situação de grande pressão de custos no Brasil.

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