O mês de março foi o mês em que a pandemia causou o maior impacto no Estado, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil. Foram 1.293 óbitos registrados por Covid, que representaram 56% de todas as 2.166 mortes oficializadas. O levantamento foi divulgado, hoje, pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais
O número de óbitos por Covid, que no auge da 1ª onda, em julho do ano passado, chegou a representar 36,6% dos óbitos por causas naturais no Estado, já havia dado sinais de que estava voltando a crescer em janeiro, representando 32,6% dos óbitos por doenças, mantendo uma curva de crescimento contínuo em fevereiro (33,8%). Ao atingir 56% das mortes por doenças em Mato Grosso, a Covid quase dobra seu impacto no total dos óbitos naturais em relação a fevereiro passado, até então o mês mais mortal.
De acordo com presidente da Arpen, André Luís Bispo, o trabalho pode auxiliar em estratégias para que a crise melhore. “O levantamento feito pelos Cartórios demonstra o crescente registros de óbitos, o que demonstra a necessidade em realizar ações que possam inibir essa crise”.
Outro número impactante da pandemia em Mato Grosso se refere à comparação entre o número de nascimentos e os óbitos registrados nos Cartórios. Nascem em média, 2,9 mil crianças a mais do que a quantidade de óbitos registrados ao mês – caiu para 2.038 mil nascimentos, chegando a uma redução de quase 500 em relação à média histórica, e a 30% dos cerca de 3,5 mil registrados nos meses desde o início da pandemia.
A queda acontece mesmo em meio a uma “reação” das gestações no mês de março, que registrou um total de 4.584 nascimentos, 4% a mais do que fevereiro. No entanto, O aumento no número de óbitos, que chegou a 2.546 em março, impediu à volta do crescimento vegetativo da população médio no Estado.
As informações são da assessoria.