Federações ligadas ao setor comercial entregaram ao governador Mauro Mendes (DEM) propostas para amenizar os impactos da pandemia da Covid nas atividades econômicas, defendendo a proibição de venda de bebidas alcoólicas para consumo nos bares, distribuidoras, conveniências, restaurantes e afins, a disponibilização de efetivo policial nas ruas para evitar aglomerações e a ampliação do horário de funcionamento dos supermercados para às 22h, evitando as constantes aglomerações.
As entidades querem uma campanha de conscientização para gerar impacto no comportamento das pessoas sobre a real gravidade da situação, atendimento emergencial aos segmentos mais afetados possibilitando maior prazo para o recolhimento de impostos (IPVA, ICMS, ISSQN, dentre outros), prorrogação de validade de certidões, redução ou isenção de taxas, e financiamentos com baixo custo. No caso do IPVA (Imposto de Propriedade de Veículos Automotores) o governo do Estado já fez prorrogação recentemente e no ICMs para empresas do setor de bares, restaurantes e lanchonetes também houve prorrogação do prazo de vencimento.
A proposta foi feita após não ser aprovado projeto para antecipar feriados em Mato Grosso e a maioria do comércio e indústria ficariam 10 dias seguidos fechados. O número de novos casos de Covid continua aumentando (ontem foram mais 3 mil) assim como o número de mortes, 95 na média de ontem. As 523 UTIs na rede pública estão lotadas.
“As empresas não são focos de transmissão do vírus, já que o ambiente é controlado com adoção das medidas protetivas. Durante todo esse período de pandemia, as entidades do comércio atuaram fortemente na divulgação e orientação sobre os protocolos de biossegurança – disponibilização de álcool em gel nos estabelecimentos, distanciamento social e exigência do uso de máscaras tanto pelos colaboradores quanto pelos consumidores’, consta no documento. “Sugerimos medidas ao governador para que as empresas possam continuar mantendo suas atividades e, dessa forma, preservar os empregos dos trabalhadores”, disse, através da assessoria, o presidente da Fecomércio, José Wenceslau de Souza Júnior.
Além da Fecomércio, a Federação das Câmaras Dirigentes Lojistas do estado (FCDL) e a Federação das Associações Comerciais de Mato Grosso (FACMAT) defendem as medidas.
Conforme Só Notícias já informou, hoje, Mauro Mendes afirmou que o Estado terá tolerância zero com aqueles que promoverem ou participarem de aglomerações em Mato Grosso devido ao grande aumento no contágio da Covid, no número de mortes e por mais de 180 pessoas estarem na fila esperando leitos de UTIs na rede pública.