O Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte (Sindusmad), sediado em Sinop, manifestou, hoje, contrário ao projeto de lei que visa a antecipação de feriados em Mato Grosso para reduzir o contágio da Covid. O presidente Wilson José Volkweis, participou da reunião com vereadores e secretários municipais e enfatizou ser contrário a qualquer tipo de bloqueio das atividades industriais e comerciais.
O projeto antecipando feriados de Corpus Christi, Consciência Negra, Dia do Servidor Público, Dia do Trabalhador e aniversário dos municípios, que serão emendados com o feriado da Semana Santa, que ocorre na próxima semana, foi apresentado no final da manhã, na Assembleia, e começou a ser apreciado. Alguns deputados foram contrários. Se aprovado, vigoraria a partir do próximo dia 26 até dia 4 de abril.
“Desde o dia 25 de março do ano passado estamos fazendo nossa campanha combatendo a covid-19 de máscara, álcool em gel e palestras. Eu falo em nome de um setor que trabalha, emprega e gera renda para os municípios, não somos favoráveis a esta antecipação de feriados. O empresário ainda consegue se manter, mas como que faz com o quadro de funcionários? Precisamos pensar nos nossos colaboradores que trabalham para viver. Não pactuamos com este fechamento. Não é a solução. Precisamos cuidar sim, da saúde, mas o governo precisa rever, aumentar os leitos e distribuir os kits para combater o vírus. Ficar parado vai ter aglomeração em casa, sendo que na indústria mantêm as medidas de biossegurança e o distanciamento. Não somos a favor. Só vai causar mais transtornos”, explicou, através da assessoria.
O setor de base florestal, através do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de Mato Grosso (Cipem) em parceria com os demais sindicatos, desenvolveram um plano de ação para o enfrentamento ao novo coronavírus. O Sindusmad tem atuado junto às madeireiras associadas, através da doação de máscaras, palestras com profissionais de saúde e a distribuição de materiais gráficos explicativos de acordo com as normativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.
Ano passado, foram distribuídas 11 mil máscaras e, de janeiro até agora, doadas 13 mil, mesmo que a atividade madeireira ocorra “em área aberta, não possui atendimento ao público e não corre o risco de aglomeração de pessoas”.