A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) firmou parceria com o Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical da Universidade Federal de Mato Grosso visando ser feito o estudo do solo e sua capacidade de receber dejetos oriundos da suinocultura. O objetivo estabelecer os valores de referência para metais pesados e será realizada nas regiões Sul e Médio Norte do Estado, principais áreas da atividade.
Os pesquisadores farão análises de solos nativos que nunca receberam efluentes da suinocultura porque os dejetos têm sido usados como fertilizante para áreas agricultáveis por meio da fertirrigação. “Com essa amostragem e análises dos solos vamos estabelecer os valores de referência para metais pesados como o cobre, zinco, manganês, chumbo e arsênio, que são os metais que causam maiores danos à saúde humana. Esses elementos estão concentrados nas rações dos animais e são eliminados nas fezes”, explica, através da assessoria, o doutorando e responsável pelo estudo, Josimar Brito da Silva.
Ele acrescenta que esses dejetos são encaminhados para o sistema de tratamento e depois aplicado nas lavouras, quando não aplicado de maneira correta esses elementos podem se tornar potencialmente poluidores do solo e das águas.
O presidente da Acrismat, Itamar Canossa, apontou que, “após a confirmação dos resultados, as áreas da suinocultura serão monitoradas como forma de comprovar o engajamento da atividade com as questões ambientais e poderá ser um diferencial do produtor em relação a seus concorrentes no mercado, como uma forma de provar que seu negócio está dentro das normas e atende todas as demandas da legislação vigente”.