Ficou para hoje a decisão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sobre a suspensão, ou não, dos atendimentos eletivos (o que inclui consultas médicas) na rede privada de saúde da capital. Na sexta-feira, o prefeito divulgou um decreto, com data de publicação para hoje, suspendendo todos os atendimentos não essenciais, mas após dúvidas e polêmicas revogou os efeitos para a rede particular e adiou a decisão para esta segunda. Na rede pública municipal, o atendimento eletivo (que não tem urgência) segue suspenso desde o dia 2 de março.
De acordo com a assessoria da prefeitura, hoje Pinheiro deve se reunir com a procuradoria-Geral Municipal e com representantes da classe médica “para elaborarem um texto que fique mais claro quanto aos serviços que serão suspensos”. De antemão, já foi explicado que atendimentos eletivos essenciais, e considerados urgentes, como oncologia, nefrologia, oftalmologia, urologia, cardiologia e gestação de risco não serão suspensos.
“A suspensão não alcança procedimentos eletivos considerados essenciais, cuja interrupção ou adiamento possa acarretar prejuízo relevante à saúde e/ou aumento da morbimortalidade do paciente”, diz o parágrafo único do primeiro artigo do decreto parcialmente revogado.
A suspensão dos atendimentos eletivos é adotada como estratégia para barrar o avanço da pandemia do novo Coronavírus, mais suscetível em ambiente hospitalar, mas também para preservar esforços e equipamentos para combater a Covid-19.
Para justificar o decreto, o prefeito considera importantes a manutenção do distanciamento social como medida mais efetiva para o enfrentamento, mas na semana passada foi flagrado sem máscara e tomando cerveja na frente de um bar em Cuiabá. Além disso, passou a receber críticas por defender a abertura de outros estabelecimentos comerciais e por querer fechar clínicas médicas.