A Polícia Civil está fazendo a operação Canarana (823 km de Cuiabá) e demais municípios da região Leste como Água Boa, Barra do Garças para cumprir 24 ordens judiciais de membros de organização criminosa que faz tráfico de drogas, roubo e extorsão, prevenção e repressão a investidas contra membros das Forças de Segurança.
“Além de desarticular a atuação da facção, a operação tem o objetivo de apreender armas, munições, drogas e produtos oriundos de furtos, que são objetos das buscas, devolvendo a tranquilidade à sociedade já que, os integrantes do grupo criminoso tem agido de forma intimidatória para marcar território”, disse o delegado regional de Água Boa, Valmon Pereira da Silva.
Parte dos mandados é cumprida em unidades prisionais de Água Boa, Barra do Garças e Cuiabá, de detentos que estão ligados a crimes recentes. A operação busca acabar com ramificação e permanência da facção na região, responsabilizar os criminosos por atos de violência perpetrados principalmente nas modalidades de
O trabalho investigativo conduzido pelo delegado de Canarana, Deuel Santana, iniciou em 2019, reunindo provas que resultaram na identificação de uma complexa rede criminosa atuante dentro e fora de unidades prisionais do Estado. Os integrantes do grupo criminoso, mesmo presos, ordenam crimes e participam diretamente de suas execuções. “Apesar dos esforços empreendidos pelo aparelho estatal, celulares continuam chegando aos reeducandos que, usam a tecnologia em favor do crime. Mesmos presos, os criminosos transmitem ordens aos comparsas que estão fora em funções designadas pelos líderes. A forma violenta de agir contra aqueles que contrariam os propósitos do grupo foi outro fator característico constatado durante o trabalho investigativo”, disse o delegado.
No volumoso caderno investigativo há provas testemunhais, vídeos de crimes sendo praticados, diálogos com conteúdos que demonstram uma escala piramidal com funções específicas e uma clara demonstração do grupo em monopolizar o comércio de drogas em Mato Grosso.
Ficou demonstrado ainda o propósito de crescer numericamente do grupo criminoso com admissão (batismo) inclusive de adolescentes. O grupo busca firmar-se como poder paralelo tentando instituir “proteção” a comerciantes mediante cobrança de taxas – fato denunciado por um empresário e confirmado pelas investigações.
Cerca de 50 policiais civis trabalhavam na operação “Number One” foi escolhido pelo fato do inquérito instaurado na Delegacia de Canarana ser o primeiro procedimento da unidade no ano de 2019 e porque o integrante do grupo tido na facção como número 01 na hierarquia do crime na região. Ele está preso em Cuiabá e é um dos alvos com mandado de prisão cumprido hoje.