A carta de intenção para aquisição de 202 mil doses da vacina Sputnik V foi elaborada, ontem, pelo Consórcio Público de Saúde Vale do Teles Pires e encaminhada a empresa distribuidora do imunizante no Brasil. Integram o consórcio Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Cláudia, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Santa Rita do Trivelato, Tapurah, União do Sul e Vera.
Consta no documento que Só Notícias teve acesso, que o consórcio solicitou à empresa que envie a proposta comercial e condições para o fornecimento da vacina russa. Ainda é destacado, que o interesse na aquisição do imunizante é exclusivamente para a vacinação da população e não para fins de revenda.
Ainda foi destacado que “considerando a enorme urgência pela qual atravessamos, dado os avanços devastadores da pandemia, solicitamos máxima brevidade no encaminhamento da proposta de aquisição para podermos rapidamente avançarmos”. O documento foi assinado pelo presidente do consórcio e prefeito de Santa Carmem, Rodrigo Frantz.
A Sputnik também tem aplicação em duas doses, como a Coronavac e AstraZeneca que já vem sendo aplicadas. O intervalo da vacina russa é de 21 dias, e cada dose tem valor estimado em 8,75 dólares (R$ 49,87 na cotação de hoje). A busca pela aquisição leva em consideração a aprovação pelo Supremo Tribunal Federal para compra direta por parte dos estados e municípios, bem como a medida provisória que prevê a dispensa de licitação e têm regras mais flexíveis para os contratos.
Em Sinop, por exemplo, a prefeitura divulgou que a intenção é adquirir 30 mil doses por meio do consórcio, para atender a população acima de 60 anos. A câmara de vereadores também protocolou ofício para que sejam adquiridas vacinas.
Conforme Só Notícias já informou, o governador Mauro Mendes visitou, ontem, em Brasília, a fábrica da União Química, que produz no país a Sputnik V, e conversou com a diretoria para buscar a compra direta de vacinas destinadas aos mato-grossenses. Mauro quer comprar até 4 milhões de doses e disse que o Estado tem os recursos em caixa para pagar.