“O edital do concurso, inicialmente, previa apenas três vagas, diante da limitação orçamentária e da crise econômica enfrentada pelo nosso Estado. Mas, felizmente, o Governo Estadual fez a reforma tributária necessária, o que merece nosso reconhecimento, e, da nossa parte, também fizemos ajustes e cortes, o que proporcionou darmos posse aos novéis colegas em número de doze”. A afirmação é do procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges Pereira, que empossou os novos integrantes do Ministério Público de Mato Grosso.
Nos próximos quatro anos, poderão ser chamados mais aprovados, na medida em que ocorrerem aposentadorias ou criação de novas promotorias, uma vez que Mato Grosso cresce em ritmo acelerado. Borges recordou todas as fases do concurso público realizado em parceria com a Fundação Carlos Chagas, especialmente as dificuldades impostas pela pandemia.
O procurador-geral pontuou que, no último certame, apenas um mato-grossense fora aprovado, e que os demais serão “adotados por este povo hospitaleiro” e confirmarão que “Mato Grosso é o melhor lugar do mundo”. “A partir de hoje, as senhoras e senhores terão uma enorme responsabilidade nos destinos das pessoas que aportarem nos seus gabinetes, por ora virtualmente, mas esperamos que ainda este ano retornaremos à normalidade para atendimento pessoal desses cidadãos”, consignou.
O promotor de Justiça substituto Álvaro Schiefler Fontes, que discursou em nome dos empossados, expôs que “os desafios são imensos, notadamente em época de pandemia, que já enlutou tantas famílias no Brasil e no mundo. O que exige uma pronta atuação ministerial na fiscalização da aplicação dos escassos recursos disponíveis. Nesse sentido, como afirmou o nosso procurador-geral, o Ministério Público moderno deve ter caráter resolutivo e não somente demandista. Ou seja, devemos buscar a resolução dos problemas e não só a eternização dos conflitos pela judicialização”, ponderou.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Mato Grosso (OAB-MT), Leonardo Campos, disse ter gostado do discurso do novo empossado quando recorda a fala de José Antônio Borges que impõe ao Ministério Público a missão de ser resolutivo. “O Ministério Público enquanto entidade essencial tem sobre seus ombros a confiança da sociedade brasileira e mato-grossense. Gostei muito e parabenizo aqui pela realização desse concurso, especialmente durante a pandemia, inclusive citei o MPMT como exemplo”, enfatizou. Leonardo Campos ainda destacou que MP é uma entidade essencial na defesa da probidade e da aplicação correta dos recursos nas políticas públicas conforme determina a Constituição e que a vitória pessoal de cada um é também de toda a sociedade, que ganha 12 novos defensores do Estado Democrático de Direito e da cidadania.