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Justiça pode realizar júri híbrido para julgar três por assassinato brutal no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria/arquivo)

A justiça pode realizar um júri híbrido para julgar os três homens acusados de envolvimento no assassinato de Paulo Sergio da Silva, 33 anos, ocorrido em abril de 2018, no bairro Habitar Brasil, em Cláudia (90 quilômetros de Sinop). O trio será submetido a julgamento por homicídio qualificado cometido por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A juíza Thatiana dos Santos mandou intimar as partes envolvidas no processo para responder se concordam com a realização do júri de forma híbrida. Neste caso, estariam presentes no plenário apenas os acusados, os jurados, promotores, advogados e a juíza-presidente da sessão. Já as testemunhas seriam ouvidas por meio de videoconferência.

“É notório o aumento de casos da covid-19 na comarca e em diversos municípios com a continuidade da pandemia, por esta razão, somada a possibilidade de realizar audiências criminais, inclusive Sessão do Tribunal do Júri, por meio de videoconferência, faculto às partes manifestarem se concordam em realizar a sessão de forma híbrida”, consta no despacho proferido pela magistrada, que deu prazo de cinco dias para manifestação.

Conforme a denúncia do Ministério Público, os acusados esperaram Paulo entrar em casa e invadiram o local “de forma sorrateira”. Eles teriam arrombado a porta da frente do imóvel e encontraram a vítima dormindo em um colchão. A denúncia aponta que o grupo “aproveitando-se da superioridade numérica, surpresa, avançada hora e modus” matou Paulo com diversos golpes de arma branca. A vítima ainda teve uma das pernas quebradas.

Um policial civil, em depoimento à justiça, disse que o crime foi cometido por vingança. Ele explicou que a Polícia Civil apurou que a vítima teria, na semana anterior, lesionado dois dos suspeitos. Paulo teria agido assim porque, segundo o policial, queria ser uma espécie de “justiceiro” indo “tirar satisfação” com quem causasse intranquilidade no bairro. O escrivão afirmou que nunca tinha visto “uma cena de crime tão chocante, pois a violência utilizada em face da vítima foi brutal”.

Os três aguardam o julgamento na prisão. O trio nega envolvimento no homicídio. Paulo foi sepultado em Cláudia.

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