O juiz Rafael Depra Panichella decidiu mandar a júri popular o homem que confessou o assassinato de Jaqueline dos Santos, de 24 anos, morta com um tiro na cabeça e teve o corpo parcialmente carbonizado. O crime ocorreu em junho do ano passado, a cerca de três quilômetros do centro do município de Tabaporã (200 quilômetros de Sinop).
Ao decidir pelo julgamento, o magistrado citou provas e indícios de que o acusado cometeu o crime. “Com base no presente conjunto probatório convenço-me da existência da materialidade do crime e da presença de indícios suficientes para que o denunciado seja levado a júri”, destacou Panichella.
O juiz determinou que o réu seja levado a júri por homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, de maneira cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher em razão do gênero (qualificadora do motivo fútil). O homem também será julgado por fraude processual e porte ilegal de arma de fogo. O suspeito segue preso e ainda pode recorrer da decisão.
Jaqueline foi encontrada morta no dia 20 de junho, após sair de casa no dia anterior. O corpo foi encontrado carbonizado, próximo a um frigorífico da cidade. A polícia recebeu o registro de desaparecimento feito pela mãe da vítima, que relatou que a filha havia saído de casa no dia 19 de junho, por volta do meio dia, informando que retornava em breve.
Conforme apuração da equipe policial, a vítima marcou um encontro com o investigado, com quem mantinha uma relação extraconjugal. Depois foi levada até o local onde foi encontrada morta. Após a conversa entre os dois, ela foi assassinada com um disparo de arma de fogo na cabeça. Em seguida, o homem foi até um posto de combustíveis, comprou etanol e retornou ao local do crime, onde ateou fogo na vítima.
Os indícios encontrados apontam que, possivelmente, a vítima ainda estava viva quando o autor do homicídio ateou fogo nela. Além da arma utilizada no crime, os policiais também apreenderam durante o cumprimento dos mandados o celular que o investigado possuía e utilizava para contatar a vítima, como o aparelho de Jaqueline, que foi levado pelo criminoso após a morte dela.
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