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Sinop: ACES se diz surpresa com toque de recolher e parte do comércio funcionar até 22h; CDL quer debater

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Só Notícias (foto: arquivo/Mauricio Vitorino - atualizada 09:29h em 5/2)

As duas principais entidades que representam o comércio varejista se posicionaram, no final da tarde, em relação ao decreto da prefeitura em implantar o toque de recolher, a partir das 23h, e reduzir até às 22h o horário do funcionamento de diversas empresas (bares, restaurantes, lanchonetes, supermercados, conveniências e similares) a partir desta sexta-feira como medida para frear o aumento de casos de Covid e de internações em UTIs (Sinop não tem mais vagas no hospital regional). A definição do decreto teve apoio de alguns vereadores.

A ACES – Associação Comercial e Empresarial – informou que “foi tomada de surpresa pelo decreto municipal que determinou o toque de recolher” e que “não foi convidada ou convocada a participar da discussão que resultou na decisão”. “Sabemos que existe um comitê do convite que é formado por diversos órgãos governamentais mas a ACES de Sinop não faz parte desse comitê. Participamos de uma reunião no gabinete do prefeito no dia 2 de janeiro com algumas entidades quando foi discutida a reativação do comitê Covid, mas a associação não foi efetivamente convidada a participar”.  “Estamos encaminhando ofício à prefeitura solicitando informações sobre quais parâmetros levaram o prefeito a tomar essa decisão”, conclui.

A CDL Sinop, em nota, informou que também “não participou das decisões tomadas com relação ao decreto citado. A solicitação foi feita por alguns vereadores da câmara municipal de Sinop ao poder executivo e, em nenhum momento, a entidade foi convidada a participar de tal decisão. “Informamos ainda que a CDL solicitou uma reunião com o poder executivo para discutir meios para amenizar os impactos que o decreto irá causar no segmento de bares,restaurantes, similares, bem como meio artístico”.

Conforme Só Notícias já informou, a Associação de Bares, Restaurantes e Similares é contrária a redução no horário noturno de atendimento até às 22h, e ao toque de recolher. “Não concordamos com o decreto, principalmente do horário de funcionamento. Somos uma classe que já vem sendo prejudicada desde o início da pandemia e, com esse decreto do Estado, com restrição de público, já vínhamos seguindo, com menos mesas, tomando as medidas de segurança e fazendo nossa parte”, apontou o empresário e representante da associação, Wagner José Rank. “Na nossa opinião não é o horário que vai frear, o vírus está aí. Nós cobramos da prefeitura fiscalização nos lugares que não estavam seguindo as medidas, que estavam tendo aglomeração e não sabemos qual foi o critério para tomar essa decisão”. “Estamos fazendo nossa parte e esperamos que as autoridades olhem para nós, empregamos muita gente, são mais de 700 CNPJs (empresas). Tem que olhar para a nossa classe, queremos trabalhar e seguir as normas”, apontou.

 

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