O Sindicato Rural de Sorriso está aguardando os resultados dos estudos que estão sendo feitos em laboratório em Cuiabá para saber do que se trata a anomalia que está apodrecendo os grãos da soja em diversas lavouras, no município campeão nacional na produção da oleaginosa. Ainda não há prazo para os teste serem entregues com os laudos.
“Este é um problema desde 2018, ano passado houve aumento e este ano triplicou. São vários os relatos de propriedade com a anomalia. Estamos fazendo visitas, muitos dos produtores ainda nem sabem que isto está aconteceu em sua propriedade. Quando perguntamos, respondem que não, quando vamos vistoriar, está lá. Ainda não falamos em doença, pode ser algo do clima que acabe ano que vem. Estamos apressando os órgãos de pesquisa para termos respostas”, disse, em entrevista, ao Só Notícias, o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Silvano Filipetto. Não há uma estimativa ou levantamento de quantos hectares estão impactados pela anomalia.
Ainda não há fungicida específico para combater a anomalia. A produção mais afetada é nas áreas onde há irrigação. O Sindicato Rural orienta aos produtores que perceberam as características nos grãos da sua propriedade, que faça a imediata comunicação.
No Estado os produtores estão colhendo soja e, até a última sexta-feira, alcançou 2,23% da área plantada, apurou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). A safra 2020/21 teve atraso de 12,19 pontos percentuais em comparação à temporada anterior e de 9,47 pontos percentuais em relação à média dos últimos cinco anos.