O governador Mauro Mendes (DEM) é um dos 15 signatários de uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cobrando ações da diplomacia brasileira para a compra de vacinas contra o novo Coronavírus no exterior. O objetivo é que os diplomatas destravem as compras das vacinas Oxford AztraZeneca, da Índia, e do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), da China, insumo necessário para continuidade da fabricação da Coronavac no Instituto Butantan.
“Solicitamos a essa presidência que seja avaliada a possibilidade de estabelecimento de diálogo diplomático com os governos dos países provedores dos referidos insumos, sobretudo a China e Índia, de modo assegurar a continuidade do processo de imunização no país” diz trecho da carta, que enfatiza “a relevância do pleito ora apresentado para o sucesso da estratégia nacional de vacinação”.
A carta foi assinada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e, além de Mauro Mendes, teve apoio dos governadores de Renan Filho (MDB-AL), Waldez Góes (PDT-AP), Camilo Santana (PT-CE), Renato Casagrande (PSB-ES), Flávio Dino (PCdoB-MA), Romeu Zema (Novo-MG), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevêdo (Cidadania-PB), Paulo Câmara (PSB-PE), Fátima Bezerra (PT-RN), Eduardo Leite (PSDB-RS), Belivaldo Chagas (PSD-SE) e de João Doria (PSDB-SP).
O embarreiramento comercial com os dois países, dizem os especialistas, se deve à falta de habilidade política internacional do governo Bolsonaro. Contra a Índia, pesa a posição contrária do Brasil à quebra de patentes das vacinas defendida pelo país asiático na Organização Mundial do Comércio (OMC) e contra a Índia pesam as inúmeras declarações hostis de filhos do presidente Bolsonaro, de ministros e do próprio presidente.
Ontem, conforme Só Notícias já informou, o governador pediu apoio de um instituto para que a China venda 1 milhão de doses de vacinas para Mato Grosso considerando que o Estado é o maior vendedor de soja e outros produtos para a China.