O presidente da Cooperativa do Caminhoneiros Autônomos de Sinop (Cooperlog), Cleomar José Immich disse, em entrevista, ao Só Notícias, que não acredita na adesão dos motoristas de Mato Grosso na paralisação geral da categoria prevista para 1º de fevereiro. Em assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), as entidades representantes de caminhoneiros decidiram parar.
“Acredito que não vai ter adesão porque é a única época do ano em que o mato-grossense puxa bem (escoamento da safra e outros produtos). Ele não vai querer entrar numa greve numa época onde a produção é alta”, resumiu o presidente que disse que ainda está analisando a situação atual. A categoria está dividida e sindicatos regionais de caminhoneiros adiantam que não devem aderir à greve.
A manifestação é contra a alta no preço dos combustíveis. Os caminhoneiros vem considerando o aumento abusivo. Além disso, buscam o estabelecimento de um piso mínimo de frete para o transportador autônomo, aposentadoria especial, marco regulatório do transporte e fiscalização mais atuante da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Em 2018, a categoria realizou uma greve de 10 dias no mês de maio que gerou perdas em todos os setores da economia. Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil perdeu cerca de R$ 10 bilhões por dia. Na época, a principal reivindicação era a redução nos preços do óleo diesel, que subiram mais de 50% nos 12 meses anterior ao evento. Além disso, exigiam a fixação de uma tabela mínima para os valores de frete.