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Município no Noroeste de Mato Grosso está recebendo mais de R$ 40 milhões em investimentos do governo

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O município de Aripuanã (947 quilômetros de Cuiabá) que comemora hoje o 77º aniversário de emancipação está recebendo investimentos do governo do Estado nos setores de Infraestrutura, Agricultura e Saúde. Estão sendo pavimentados 41,6 quilômetros da MT-208, entre Aripuanã e Passagem do Loreto, no acesso à BR-174. A obra, primeira ligação asfáltica do município, é executada pela Sinfra em cooperação com a prefeitura. Os investimentos são de R$ 31,9 milhões.

De acordo com a assessoria, foi assinado contrato para construção de ponte de concreto sobre o rio Aripuanã, com 240 metros de extensão, na MT-208, com encabeçamento de suas duas cabeceiras, com 1,73 km de extensão. Investimentos previstos de R$ 11,7 milhões, com recursos do governo do Estado e da União.

É considerada fundamental para fortalecer o desenvolvimento econômico do município e da região, por permitir a ligação entre Aripuanã, distrito de Conselvan, Rondolândia e Rondônia. A emissão da ordem de serviço será em janeiro.

Está em andamento, a execução dos serviços de manutenção e conservação de 90,5 quilômetros da MT-208, entre Aripuanã e distrito de Conselvan.

Aripuanã foi um dos 22 municípios a receber doses de sêmen bovino de raças leiteiras (Holandesa, Jersey, Girolando ¾, Girolando 5/8 e Gir leiteiro), distribuídas a agricultores familiares, por meio do Mato Grosso Produtivo-Leite. O programa tem acompanhamento técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).

A secretaria de Estado de Saúde enviou ao município 1.900 testes rápidos para detecção do coronavírus e medicamentos para combatê-lo, num total de 81.815 comprimidos, entre azitromicina (10.059), ivermectina (8.047) e dipirona (63.709), também distribuído em gotas, com 1.565 frascos.

Entre janeiro e setembro deste ano, o governo repassou R$ 18,337 milhões aos cofres municipais em ICMS, IPVA e Fethab, além de R$ 2.074 milhões em assistência social, transporte escolar e convênios na área de saúde entre 2019 e julho de 2020.

Segundo dados do IBGE de 2018, o setor industrial, com R$ 415,9 milhões, responde por 50,8% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal de R$ 818,2 mil, seguido por serviços (R$ 141,7 milhões), administração pública (R$ 133,1 milhões), impostos (R$ 67,6 milhões) e agropecuária (R$ 59,6 milhões). O PIB per capita é R$ 37,2 mil.

Está em implantação no município, com operações previstas em 2022, um projeto de uma mineradora Nexa. Um investimento de 547 milhões de dólares, de exploração e beneficiamento de zinco, cobre e chumbo, na Serra do Expedito. Segundo o site da empresa, foram abertos 1,6 mil empregos na atual fase.

O projeto é considerado um dos dez maiores do mundo em zinco, com mina subterrânea de 2,3 milhões de toneladas de minério bruto por ano e produção de 120 mil toneladas de zinco. A expectativa de vida útil é de pelo menos 13 anos, considerando apenas as reservas, com possibilidade de extensão por mais seis anos.

A economia local é também fortemente amparada no extrativismo. É o maior produtor estadual de madeira em tora, com 682,4 mil metros cúbicos, e de lenha, com 140,7 mil m3; e o segundo em castanha do Pará, com 300 toneladas; além de uma produção de 598 toneladas de carvão vegetal.

Na pecuária, possui o 10º rebanho maior rebanho bovino mato-grossense, com 540,5 mil cabeças, das quais 7.049 vacas ordenhadas, com 9,15 milhões de litros de leite. O rebanho galináceo é de 80,7 mil cabeças, com 36 mil galinhas e 288 mil dúzias de ovos; suíno, com 12,3 mil cabeças e 2,2 mil matrizes; equino (4,7 mil) e ovino (3,5 mil).

Na agricultura, basicamente familiar, foi o maior produtor estadual de tomate em 2019, segundo o IBGE, com 750 toneladas; quarto maior de melancia (1.600 toneladas) e café (623 toneladas).

Produz ainda banana (1,89 mil toneladas), cacau, coco-da-baía, laranja, mamão, maracujá, palmito, pimenta do reino e urucum, na lavoura permanente; e milho (22,92 mil toneladas), abacaxi, amendoim, arroz, cana de açúcar, feijão e mandioca, na temporária.

O município foi criado, junto com vários outros, por meio do decreto de dezembro de 1943, assinado pelo então interventor Júlio Strübing Müller. Este mesmo decreto dividiu o Estado em 15 comarcas.

Atualmente com uma área de mais de 25,1 mil quilômetros quadrados, Aripuanã chegou a ser um dos maiores municípios do mundo, com 145.510 km2, abrangendo os atuais municípios de Alta Floresta, Apiacás, Nova Bandeirante, Castanheira, Cotriguaçú, Juína, Juruena, Nova Monte Verde, Paranaíta, Rondolândia e Colniza.

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