A prefeitura disse que vai investigar a organização de uma festa com DJs e música eletrônica realizada com autorização do Município no Parque das Águas e que gerou comoção e indignação nas redes sociais pelo excesso de pessoas no evento, aglomeração e falta do uso de máscara facial para impedir a disseminação do novo Coronavírus. A festa foi organizada por uma produtora particular, os ingressos custavam R$ 300 mais um quilo de alimento a ser revertido para a campanha Natal Sem Fome, organizada pela primeira-dama da capital, Márcia Pinheiro.
Por nota, a prefeitura explicou que o evento foi autorizado pela secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Sustentável e pela Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana, responsável por administrar o Parque das Águas. “Entretanto, o documento liberava a participação de apenas 300 pessoas, com recomendação de que as regras de biossegurança fossem aplicadas, como uso de máscara, distanciamento de 1,5m e disponibilização de álcool 70% ao público”, acrescentou.
A liberação, ainda segundo a nota, foi feita com base no decreto 8.204, de 19 de novembro de 2020, que autoriza a realização de eventos, respeitando o limite de 70% da capacidade total do ambiente.
Indignados, moradores reclamaram da situação nas redes sociais e expuseram vídeos da festa que mostram a aglomeração. Na manhã do domingo, relataram usuários, ainda havia frequentadores da festa nos gramados do Parque das Águas (um dos cartões-postais de Cuiabá e muito utilizado para prática esportiva), além de muito lixo espalhado pelo chão.
De acordo com o último boletim epidemiológico, Cuiabá já registrou 1.577 mortes no município desde o começo da pandemia. Atualmente a rede pública tem 231 pacientes internados, sendo 116 (entre positivados e suspeitos) ocupantes de UTIs. Em todo Mato Grosso são 4.331 óbitos em decorrência da Covid-19.