A Justiça remarcou para o dia 11 de março do ano que vem o júri popular do motorista acusado de atropelar e matar Amaro Roque, 59 anos, em fevereiro de 2007. Amaro estava na calçada do kartódromo, localizado na rua João Pedro Moreira de Carvalho, quando foi atingido pelo veículo GM Vectra azul. O suspeito foi pronunciado e irá a julgamento por homicídio simples doloso.
O motorista iria a júri ainda em junho deste ano. Porém, com o fechamento temporário das comarcas em decorrência da pandemia de coronavírus, o julgamento acabou sendo adiado pela 1ª Vara Criminal do município.
Em maio do ano passado, a decisão de mandar o motorista a júri popular, proferida pela juíza Rosângela Zacarkim, em 2015, foi mantida pelos desembargadores da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Na ocasião, os magistrados analisaram e negaram o recurso apresentado pela defesa do réu.
Conforme Só Notícias já informou, a vítima foi jogada contra o alambrado, teve um braço decepado e a cabeça esmagada. Uma parte da cerca e postes foram derrubados com o impacto do veículo. Segundo o laudo produzido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o carro trafegava a 151 quilômetros por hora, no momento da colisão.
Ao pronunciar o suspeito e determinar o júri popular, Rosângela entendeu que o réu pode ter agido com dolo eventual, que “pode ser traduzido como indiferença em relação ao bem jurídico protegido. E foi o que supostamente aconteceu. Mesmo sabendo que poderia ocorrer morte ou lesões em transeuntes, o réu continuou a dirigir em alta velocidade, aceitando, portanto, a possível ocorrência do evento”.
Amaro residia e trabalhava como mecânico em Sinop. Ele tinha esposa e quatro filhos. O corpo da vítima foi trasladado para o município de Vera Cruz D’Oeste, no Paraná, onde foi sepultado.