O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio em Mato Grosso (IPF-MT) divulgou, hoje, o “comportamento de consumo’ dos mato-grossenses durante a pandemia do novo coronavírus. A pesquisa foi com 603 pessoas em Cuiabá, Acorizal e Campo Verde, entre os dias 2 e 7 deste mês. A maioria (64%) afirmou que a pandemia não mudará algum hábito de consumo para sempre e 36% responderam que haverá alguma mudança. As principais seriam de materiais de higiene de fortalecimento da família. A preocupação quanto à contaminação pela Covid revelou que 63% dos entrevistados não pretendem fazer viagem no final de ano. Dos que pretendem viajar, 53% disseram que vão para municípios de Mato Grosso, enquanto o restante (46%) informou que irá para fora do estado.
54% dos entrevistados têm ensino médio, seguido pelo superior (42%). Os de ensino fundamental, tecnólogo e sem estudo correspondem a 4%. Questionados se a pandemia havia mudado os hábitos de consumo, 74% das pessoas com ensino médio entendem que houve mudança, assim como 70% dos com nível superior e 89% dos respondentes com ensino fundamental.
Para o superintendente da Fecomércio, Igor Cunha, a pesquisa revela dados importantes para entender o poder do consumidor para o final de 2020. “Os dados mostram que o setor que estava mais prejudicado durante a pandemia terá um fôlego e uma confiança maior, pois o consumidor pretende viajar, principalmente dentro do estado, e também fazer compras de natal, em menor proporção comparando ao ano passado, mas demonstra essa intenção”.
“A condição mostra que a maioria do dinheiro investido ficará dentro do Estado. São esperados R$ 150 milhões aplicados somente na baixada cuiabana. Em condições normais, sem a pandemia, esse valor não ficaria em Mato Grosso”, disse o historiador do IPF-MT, Maurício Munhoz.
Quanto às compras de fim de ano, exatamente 50% dos entrevistados pretendem fazer compras no Natal. 65% dos que pretendem consumir neste período vão gastar até R$ 1000 e 8% pretendem gastar de R$ 1000 a R$ 5000, sendo que 72% disseram que se não fosse a pandemia esse valor seria maior.
Maurício Munhoz afirma que, com isso, deve ser injetado na economia mato-grossense um valor aproximado de R$ 1,2 bilhão. “Isso ajuda a equilibrar e até a melhorar ainda mais a economia do nosso estado. É um montante que vai contribuir para o comércio local”.
De acordo com a pesquisa, 47% dos entrevistados pretendem realizar compras em lojas locais, 30% no e-commerce, 11% com estabelecimentos informais e 10% durante a viagem, informa a assessoria.