O juiz Mario Machado determinou o relaxamento da prisão (ocorrida ontem no final da tarde) do secretário municipal de Governo, Jaime Dalastra, investigado por suposto desvio de material de recuperação de rodovia, da concessionária que administra a 163, para a fazenda da prefeita Rosana Martinelli. Ele foi solto esta madrugada.
O advogado Carlos Melgar informou, ao Só Notícias, que trata-se de “uma situação particular, não tem nada ligado com a prefeitura. De fato existe um ofício do pedido da prefeitura (para a concessionária ceder os materiais para uso em estradas vicinais) só que isso sequer foi apreciado pela Rota do Oeste. Na verdade, houve uma conversa, pedido informal do Jaime para Rota para que fosse retirado para ele, particular, com aqueles caminhões. Só que nada tem haver com o pedido da prefeitura, houve essa confusão e acabou dando tudo isso. Mas, vai ficar provada, nos próximos dias, essa situação. Os caminhões que estavam lá não tem nada a ver com a prefeitura”. “É uma comercialização particular”, defendeu.
O advogado (foto) acrescentou que “de toda a boa fé ele (Jaime) compareceu espontaneamente à delegacia e se viu preso”. Carlos Melgar “a prisão foi arbitrária tendo vista que, a mesma carecia de materialidade o que foi sustentado em delegacia. No entanto, o delegado plantonista não acatou de imediato o posicionamento o que foi prontamente sanado pelo juízo de plantão, com o relaxamento da prisão de Jaime”.
O delegado de Polícia Civil, Pablo Carneiro, confirmou, ontem à noite, a prisão, mencionando que havia ofício que “solicitava doação desse material para ser empregado na pavimentação das vias do município. Só que ficou constatado que esse material estava sendo levado diretamente para a fazenda da prefeita”, irmã de Jaime.
O policial rodoviário federal Itamar Souza informou que a Rota do Oeste acionou a Polícia Rodoviária Federal relatando que estava sendo levados, das margens da rodovia no KM 815, material sem autorização e uma equipe foi ao local constatando que caminhões, “contratados de particular, não eram da prefeitura”, estavam fazendo o transporte e a empresa alegou para a PRF que não havia deferido o pedido de ceder o material.