O atraso histórico no plantio não irá comprometer a produção de soja em Mato Grosso, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A avaliação da autarquia é de que os sojicultores do Estado conseguiram minizar o atraso na semeadura, causado pelas condições climáticas de insuficiência das chuvas ocorridas em setembro e outubro, com um “ritmo intenso de trabalho”.
“A partir da segunda quinzena de outubro foram intensificados os trabalhos de semeadura em larga escala, tendo em vista que os produtores trabalham com a perspectiva de otimizar as duas safras, majoritariamente a primeira safra de soja e a segunda, de milho ou mesmo algodão, apostando na regularidade das chuvas”, explicou a Conab, em sua segunda estimativa da safra 2020/21.
Por conta do ritmo intenso, com até três turnos de plantio, a avaliação da Conab é de que a produtividade da soja mato-grossense não será prejudicada, mantendo em 3,5 mil quilos por hectare. No entanto, a companhia destaca que a maior preocupação do produtor é antecipar os trabalhos de modo a não prejudicar a janela para as culturas de segunda safra.
A autarquia calculou aumento de 2,8% na área, que chegará a 10,2 milhões de hectares. “A incorporação de novas áreas é um processo natural no estado, e acontece em diversas frentes estaduais, em regiões distintas, com destaque para as parcelas nordeste, norte e noroeste, mediante cultivo em áreas de pastagem degradada”.
Já a produção é estimada em 36,8 milhões de toneladas, aumento de 2,7% em relação à safra passada. Até a última semana, 94% da área destinada ao cultivo em Mato Grosso já havia sido semeada.