Os suspeitos foram presos, ontem, em Cláudia (90 quilômetros de Sinop) acusados de agredir violentamente e gravar uma mulher, que não teve a identidade divulgada, enquanto apanhava. No vídeo, é possível identificar que a vítima está com a face machucada, sangrando e inchada. Ela recebe uma sequência de tapas no rosto e pontapés pelo corpo, enquanto está sentada no chão e a agressora a segurando pelos cabelos.
“Filma essa vadia, viu vagabunda, vai brincar com quem está quieto. Você acaba se ferrando. Se fosse mãe estava cuidando dos seus filhos”, falava a suspeita enquanto cometia as agressões. “Por favor, por favor, por favor”, implorava a vítima. “Você provoca minha vida, você me perturba”, fala a suspeita. “Eu quero ir embora, quero ir embora”, pedia a vítima.
A mulher foi agredida pela atual esposa do seu ex-marido. Já o homem filmou a agressão e não fez nada para intervir. As cenas de violência provocaram revolta na sociedade e a polícia teve que encaminhar o homem ao presídio Ferrugem em Sinop e a mulher a cadeia de Colíder, para evitar qualquer tipo de ato dos moradores.
O delegado Ugo Ângelo Reck, Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso (DEDMCI) disse, em entrevista, coletiva, há pouco, que “foi feito a representação pela prisão dos envolvidos e foi deferido pelo judiciário. A princípio quem aparece no vídeo é a companheira do ex-marido dela. Ela (vítima) era casada e tinha dois filhos com ele. Ela tem algum tipo de deficiência mental, então entendo que ele era o responsável por ela. Acabou colocando ela para rua e arrumou essa amante ou companheira. A vítima em razão desses problemas voltou para ver os filhos pequenos e acabou sendo agredida. O ex-companheiro filmou e não tomou nenhuma providência. As crianças chorando vendo toda aquela situação”.
O delegado emendou que “será aplicado a Lei Maria da Penha para os dois, não só para o suspeito como para a agressora. O suspeito vai responder por omissão. Ele responde pelo mesmo crime que a atual companheira dele. Os dois já foram retirados de lá e encaminhados ao presídio. A população está revoltada”.