Em seu canal no Youtube, Ana Hickmann gravou um vídeo com seu marido, Alexandre Correa, explicando melhor sobre a luta dele contra o câncer. O empresário está realizando tratamento após remover um tumor em fase de metástase entre o maxilar e base do crânio.
“É o nosso vídeo mais difícil de todos. Sempre compartilhamos com vocês tudo sobre a nossa vida, rotina, família. Nunca escondemos nada e não podemos fazer diferente agora. Há algumas semanas, descobrimos que o Ale está com um câncer no pescoço. Decidimos gravar esse vídeo para falar sobre essa descoberta. Em março, antes da pandemia, eu estava tendo muita dor de garganta. Em um determinado momento, eu percebi um gânglio. Em maio, fizemos uma punção para coletar o material para a biópsia e foi inconclusivo. O médico decidiu operar. Em 17 de outubro, fui para a mesa de cirurgia. Foi um susto grande, porque o que saiu de dentro do [meu] pescoço não era normal. Por um milagre não fui a óbito. Voltei para a mesa de cirurgia para estancar o sangramento. Dois dias depois veio o diagnóstico. Foi um soco no estômago para a gente. Foi difícil, porque era para ser uma cirurgia de um nódulo para a gente entender o que estava acontecendo. Veio a notícia difícil do câncer, mas as boas notícias também vieram. Era um câncer no estágio inicial, localizado na região da garganta, o que significa que o tratamento é focado, localizado (…). Logo depois, começamos todo o tratamento, radioterapia e quimioterapia. A radio é todo dia, só tem a folga no sábado e no domingo, a quimio é uma vez por semana, por enquanto. Coisas que sabemos que tendem a piorar, mas vamos vencer! Depois de tudo que esse lar passou nos últimos tempos… Você foi quase assassinada, meu irmão julgado por homicídio doloso, milhões de problemas se acumularam. Ter a notícia de câncer foi péssima (…) Ficar cantando vantagem antes da hora não é muito do meu feitio, vou fazer o que tiver que fazer. Se dar certo, bem, se não der, paciência. É uma rotina exaustiva, mas a única coisa que queremos é nos livrarmos do problema, cuidar da família e trabalhar. É muito importante que as pessoas saibam que o câncer é uma doença duplamente cruel. Nas horas que fico fazendo quimioterapia, fico pensando como uma pessoa de baixa renda trata o câncer. Morre sem chance de lutar. Os custos são exorbitantes. Não estou dizendo que não valha o que se cobra, mas a gente percebe que se o câncer não mata pela doença, mata pelas finanças da família. Eu tomei uma decisão, na segunda sessão de quimioterapia, que, em 2021, eu vou destinar uma boa fração do meu tempo em tentar ajudar pacientes de câncer. Não sei o que eu vou fazer, mas alguma coisa eu vou fazer”, disse Alexandre.