O tribunal do júri condenou Ricardo Wagner Ribeiro pelo homicídio do taxista Wilton César de Almeida, 32 anos. A vítima foi assassinada com 31 facadas, em fevereiro de 2019, na rua P5, no bairro Edelmina Querubim. A tese acatada pelos jurados é de que o réu cometeu o crime, em companhia de um adolescente, por vingança.
Com a decisão do júri, o juiz presidente da sessão condenou Ricardo a 20 anos e três meses de cadeia por homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima, furto e corrupção de adolescente. Ele cumprirá a pena em regime fechado e, desta forma, seguirá preso. Ainda cabe recurso contra a sentença.
Segundo apurado pela Polícia Civil, Ricardo “convidou” o menor para matarem o taxista. Os dois foram até uma casa de shows, onde a vítima estava aguardando passageiros. “Simulando a contratação de uma corrida de táxi, o denunciado e o adolescente entraram no carro dirigido pela vítima”, aponta a denúncia.
Ainda de acordo o relatório da investigação, o adolescente, que estava no banco de trás, pediu que Wilton parasse o veículo. Em seguida, o segurou pelo pescoço para que Ricardo pudesse golpeá-lo várias vezes no tórax, peitoral e pescoço. “Ato contínuo, o adolescente se apossou da faca, cortou o cinto de segurança da vítima e desferiu mais golpes de faca contra a vítima, totalizando 31 perfurações, conforme consta no exame pericial”.
Após matarem a vítima, a dupla ainda pegou a carteira do taxista, com aproximadamente R$ 600, e dois aparelhos telefônicos. Ricardo acabou preso, em abril do ano passado, no município de Icó, no Ceará. Em seguida, foi transferido para a cadeia pública de Nova Mutum.
O crime chegou a ser investigado como possível latrocínio. No entanto, essa hipótese foi descartada e o acusado foi a júri por homicídio.