O projeto Transição Cerrado-Amazônia (Peld-Tran), que estuda a transição entre os dois maiores biomas brasileiros há mais de 10 anos, foi aprovado na última seleção do edital nacional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre mais de 200 projetos submetidos. A nova proposta tem como coordenador o professor Ben Hur Marimon Junior e como vice-coordenadora a professora Celice Alexandre Silva, ambos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Nova Xavantina, está entre as 36 aprovadas com recursos em todo o país. Cerca de R$ 700 mil garantirão o custeio e o financiamento de equipamentos e bolsas para a continuidade das pesquisas e avaliações climáticas, mudanças ambientais e dinâmica da vegetação ao longo de mais de 3 mil km da transição Amazônia-Cerrado, em Mato Grosso e no sul do Pará.
Esses estudos já produziram grandes resultados ao longo de uma década e foram publicados como artigos científicos em importantes revistas nacionais e internacionais, além de garantirem parcerias e convênios com universidades do Brasil, da Inglaterra e dos Estados Unidos. Durante estes 10 anos de existência, o projeto foi desenvolvido sob a coordenação da professora da Unemat, Beatriz Schwantes Marimon.
O Programa Ecológico de Longa Duração (Peld) é o único programa permanente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e financia projetos de pesquisa de longo prazo. A cada quatro anos, os projetos Peld são renovados via nova submissão de proposta. O Peld de Nova Xavantina teve sua primeira etapa aprovada há 10 anos e mais duas etapas se seguiram até este ano. Com a aprovação da nova proposta “Transição Cerrado-Floresta Amazônica: bases ecológicas e socioambientais para a conservação – Etapa IV”, o projeto terá sua execução garantida até 2024, quando completará 14 anos de atividades.
O Programa Ecológico de Longa Duração consiste em uma rede nacional de pesquisas de longo prazo, que visa compreender, organizar e consolidar os conhecimentos sobre a composição, funcionamento e mudanças dos ecossistemas brasileiros. A principal meta é gerar conhecimento e desenvolver ferramentas para avaliar a diversidade biológica, integrando grupos de pesquisa por meio da troca e sistematização de informações. Os sítios Peld têm papel destacado na formação de recursos humanos especializados, nível de pós-graduação, principalmente, constituindo polos de nucleação de grupos de pesquisa.
Participarão da nova etapa cinco professores de universidades da Inglaterra Exeter, Leeds e Oxford, dois professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), um da Universidade de Brasília (UnB), uma jornalista da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e 26 professores e alunos da Unemat dos câmpus de Nova Xavantina, Alta Floresta, Cáceres, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra.
A informação é da assessoria da Unemat.