Após retomar o serviço de transplante de rim, paralisado desde março devido à pandemia da Covid-19, Mato Grosso realizou na última quinta-feira, o segundo procedimento. O primeiro transplante pós pico da pandemia foi feito no último dia 24 deste mês. “Retomamos o transplante de rim em Mato Grosso no início deste ano, após 10 anos de serviço paralisado. Agora é uma nova retomada. Após o pico da pandemia, as nossas equipes técnicas estão absolutamente empenhadas na realização dos transplantes. Esperamos que muitas outras vidas sejam beneficiadas por meio deste serviço ofertado pelo SUS”, pontuou o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo.
O procedimento foi mediado pela Central Estadual de Transplantes da secretaria de Estado de Saúde e ocorreu no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, que atua como unidade credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para esse tipo de cirurgia no Estado.
O órgão, ofertado via Central Nacional de Transplantes, foi disponibilizado de outro Estado e, graças à conscientização da família do doador, possibilitará mais qualidade de vida a um paciente de Cuiabá, que há cinco anos fazia hemodiálise e foi inserido no sistema como apto para transplante há 11 meses.
De acordo com a equipe médica, o procedimento de transplante durou cerca de quatro horas e o paciente segue em recuperação e adaptação. “Seguimos todo o protocolo necessário diante do cenário em que vivemos e o paciente está bem, de repouso, sob avaliação médica”, explicou a coordenadora de Acompanhamento e Controle de Transplantes da secretaria estadual de Saúde, Anita Ricarda da Silva.
O receptor do rim passou por uma série de exames, dentre eles o PCR, para a possível detecção da Covid-19. A medida é necessária como forma de monitorar a saúde do paciente que será transplantado.
A secretária adjunta de Regulação da secretaria, Fabiana Bardi, lembra que além desses dois transplantes já concluídos, a Central Estadual também registrou outras duas indicações de transplante cujo fluxo foi célere. “O procedimento só não foi concluído por condições clínicas do paciente doador e do paciente receptor, mas este já é o quarto fluxo realizado pela equipe”, ressalta Fabiana.