O pedido que o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez à Justiça para impedir que o governador Mauro Mendes (DEM) pare de emitir críticas a seu respeito, gerou efeito contrário. Enquanto não sai a decisão judicial, o democrata aproveitou a provocação para responder ao prefeito em entrevista coletiva e para reforçar os ataques feitos ultimamente, acirrando a inimizade entre os dois gestores.
Mauro Mendes disse acreditar que o pedido de censura seja uma estratégia que não sabe se é jurídica ou de comunicação e sustentou que não tem falado nada que já não seja de conhecimento público.
“O que eu tenho falado é ancorado em fatos e em evidências que são públicas e notórias. Ele [Emanuel Pinheiro] protagonizou, talvez, um dos mais épicos episódios de corrupção. Eu vi poucos políticos brasileiros terem uma cena tão hilária e tão lamentável como a que ele protagonizou recebendo dinheiro e colocando no paletó”, disse referindo-se à imagem gravada dentro do Palácio Paiaguás na gestão do ex-governador Silval Barbosa quando Pinheiro era deputado estadual.
“Também na administração dele, é fato, é público e notório: quatro secretários foram afastados do cargo envolvidos com corrupção. Esses fatos falam por si só. Tem quatro secretários afastados ou não? É verdade ou não? É a mais absoluta verdade. Quem afastou fui eu ou foi o Ministério Público e a Justiça? Então ele está querendo acusar a Justiça e o Ministério Público de serem eleitoreiros?”, completou.
No pedido de censura, a defesa de Emanuel argumenta que a imagem e o projeto de reeleição estão prejudicados com os ataques feitos pelo governador e diz que o prefeito passa por “constrangimento perante seus amigos, familiares, correligionários, eleitores e população em geral”.