O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO) deflagrou, hoje, a operação Apate, e foram cumpridos 34 mandados judiciais expedidos pelo juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, sendo sete de prisões preventivas, bem como expedição de duas ordens para colocação de tornozeleira eletrônica. Os investigados estão envolvidos em mais de 30 crimes de falsificações de documentos públicos e estelionatos, em fraudes contra a Seguradora Líder-DPVAT, somente em Cuiabá embora, mas a quantidade pode ser maior.
O GAECO descobriu que, para conseguir indevidamente as indenizações do seguro decorrentes de supostos acidentes de trânsito (seguro DPVAT), a organização criminosa especializou-se em fraudes documentais sofisticadas como falsificações de documentos públicos de certidões de nascimento, casamento e óbito, de laudos de exames necroscópicos, boletins de ocorrências e outros documentos que instruíam os requerimentos indenizatórios, encaminhados à Seguradora Líder.
O suposto líder da organização criminosa é um ex-policial militar e ostenta vasta ficha de antecedentes criminais. Há integrantes da organização criminosa com condenações criminais e alguns deles com vários procedimentos investigatórios por crimes da mesma espécie (estelionatos contra a seguradora).
Foram expedidos ainda mandados judiciais para bloqueio de contas dos investigados, sequestro judicial de imóveis e veículos utilizados pelos investigados. O nome da Operação – “Apate” – é uma alusão à mitologia grega, segundo a qual Apate (em grego Ἀπάτη) era um espírito que personificava o engano, o dolo e a fraude.
O GAECO é formado por membros do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Civil e Polícia Militar, informa o Ministério Público.