O vendaval que atingiu Cláudia (90 quilômetros de Sinop), na última quarta-feira, deixou diversos estragos, alguns ainda sem solução até agora. Na região da estrada Renata (a cerca de 4 quilômetros da região central), por exemplo, moradores estão há e dias sem energia elétrica e, consequentemente, sem água, já que a maioria utiliza poços.
É o caso da agricultora Lineusa de Almeida Nobre, que além da falta de energia, ainda vem sofrendo pela perda Veludo, seu cachorro de estimação, que morreu eletrocutado. “No dia do vendaval, no final da tarde, caiu uma árvore em cima de um fio. Assim que conseguimos sinal de celular já ligamos para Energisa falando sobre isso, mas eles não deram importância. Eu liguei 25 vezes e meu vizinho mais 14, para virem até aqui”, explicou, ao Só Notícias.
Apesar de diversas tentativas, de acordo com Lineusa, a concessionária não designou uma equipe para solução do problema. “Já à noite tinha fogo no fio que havia caído, por conta do mato seco. Meu cachorrinho via as chamas e ia olhar o que era. Uma hora chegou perto e o fio pegou ele, matando na hora. Agora ele continua no mesmo lugar morto porque estamos com medo de tirar o fio de cima. A empresa ainda não veio olhar e o Veludo está no chão”, contou, emocionada.
Ainda de acordo com a agricultora, as tentativas de solução continuaram ontem. “Liguei diversas outras vezes e eles prometendo que iam enviar uma equipe para atender, mas até agora nada. O vendaval foi bem forte e triste, mas queria que eles fizessem alguma coisa para que não acontecesse isso com outros animais, ou até mesmo com uma pessoa”, completou.
Outro lado
Procurada por Só Notícias, a concessionária informou que “continua trabalhando em regime de contingência em Cláudia e Marcelândia, quando há mais equipes na rua dedicadas ao atendimento de ocorrências emergenciais, para atender os clientes que estão com o serviço de fornecimento de energia interrompido por causa da chuva com fortes ventos. As equipes estão trabalhando nas duas cidades focadas em solucionar o mais depressa possível as interrupções”.