O governo de Mato Grosso acaba de anunciar que rescindiu um dos contratos com a empresa Organização Goiana de Terapia Intensiva (OGTI) para o funcionamento de 10 leitos de UTI do Hospital Regional de Sinop. A equipe técnica da secretaria estadual de Saúde começa a contratação de profissionais para a retomar o funcionamento desses leitos.
Dos 29 leitos de UTIs exclusivos para tratar pacientes com coronavírus, 19 leitos estão em pleno funcionamento com a decisão de rescindir o contrato. Desses 19 leitos, 9 são administrados pela própria unidade de saúde e 10 ainda estão sob a administração da empresa, por meio de outro contrato.
O secretário Gilberto Figueiredo afirmou que a equipe do governo trabalha na transição da gestão das UTIs, com foco na melhoria dos serviços prestados pela unidade regional. “O nosso objetivo é garantir o melhor atendimento que a população de Sinop e região merece. Além da rescisão, estamos apurando as denúncias de supostas irregularidades na gestão privada desses leitos e tomando todas as cautelas possíveis para que o funcionamento das UTIs não seja prejudicado, porque ainda estamos em plena pandemia”, destacou o secretário.
A secretaria deve lançar nos próximos dias um edital para a contratação de empresa para a administração dos leitos. Além dos profissionais, é necessária toda uma estrutura, que vai desde equipamentos, medicamentos a suporte técnico para o funcionamento das unidades de terapia intensiva. Esse trabalho está sendo todo conduzido pela secretaria.
“Estamos debruçados para solucionar essa situação. O governo tem atuado para fazer a saúde funcionar. Estamos reformando e modernizando o Hospital Regional de Sinop e a qualidade do atendimento precisa e deve ser mantida”, destacou.
A decisão da rescisão ocorreu depois do governo receber denúncias que, em junho, na escala para UTI haviam 6 médicos, sendo 2 especialistas em medicina intensiva. Entretanto, dos 90 turnos do mês (manhã,tarde e noite),em apenas 23turnos o médico era especialista em medicina intensiva,portanto 26% da assistência médica oferecida na UTI era especializada. Em julho, o Observatório Social de Mato Grosso apontou que apenas 15% da assistência médica oferecida na UTI era especializada.