A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu, hoje, Mato Grosso na lista de estados onde haverá testes de duas das mais promissoras vacinas contra o coronavírus. Um dos ensaios é conduzido pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo.
No Brasil, os testes seriam aplicados, inicialmente, em 9 mil voluntários. Agora, com a nova autorização da agência, que também inclui o estado do Mato Grosso do Sul, a vacina será aplicada em 13 mil pessoas. Até o momento, mais de 5 mil testes já foram feitos no país, porém, os resultados ainda não foram divulgados.
A “CoronaVac” já passou pela fase 3 em 50 mil voluntários na China e se mostrou segura. NO total, 94% dos voluntários não tiveram qualquer reação adversa, sendo que 5,3% tiveram reações com pouca gravidade, como fadiga ou febre leve. Os dados foram apresentados, hoje, pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o diretor do Butantan, Dimas Covas, e um representante da Sinovac.
No país asiático, a CoronaVac já está liberada para vacinação emergencial, enquanto outros estudos são conduzidos. Os resultados definitivos devem ser divulgados em novembro. No Brasil, a previsão feita pelo governo de São Paulo é ter, até dezembro, um estoque de 46 milhões de doses para imunizar toda a população do Estado. Se o cronograma for mantido e a vacina mostrar resultados satisfatórios, a campanha de imunização naquele estado começaria até fevereiro.
A outra vacina que também será testada em Mato Grosso é a Ad26.COV2.S da Janssen-Cilag, braço farmacêutico da multinacional Johnson & Johnson. O estudo, com 8 mil voluntários no Brasil, começará em outubro. A vacina da empresa está na fase 3 de ensaios clínicos. Nas fases anteriores, realizadas com voluntários nos Estados Unidos e Bélgica, os resultados foram considerados satisfatórias. Caso tenha sucesso na última fase, a farmacêutica pretende produzir 1 bilhão de doses em 2021.
Até agora, a covid-19 já fez 138,9 mil vítimas no Brasil. Em Mato Grosso, mais de 3,3 mil pessoas morreram, desde o início da pandemia, em março.