O proprietário de um supermercado em Cuiabá foi preso pela Polícia Civil, ontem à noite, durante ação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande suspeito de receptar uma carga de óleo furtada avaliada em aproximadamente R$ 20 mil. Todo o produto furtado foi recuperado no estabelecimento do suspeito.
As buscas iniciaram após o representante de uma empresa de Várzea Grande procurar a Polícia Civil, informando que funcionários estavam desviando mercadorias da casa comercial há alguns dias, bem como os produtos estavam sendo vendidos para um supermercado na região do Coxipó, em Cuiabá.
Segundo as investigações da Derf, o furto ocorreu no dia 3 deste mês, ocasião em que o motorista foi até a empresa fora do horário de serviço, e articulado com o conferencista e com o operador de empilhadeira, carregou o caminhão com as caixas de óleo de soja e outras caixas de isqueiro. Ao passar pela portaria alegou que levaria o veículo para a oficina.
Com isso, os policiais foram até o supermercado onde apreenderam os produtos subtraídos. O dono do estabelecimento foi encaminhado à delegacia para esclarecimentos e ao ser interrogado, confessou ter adquirido as diversas caixas contendo óleo de soja.
Ele alegou que agiu pela oportunidade de lucro, uma vez que o preço estava bem abaixo do mercado, e devido ao momento de pandemia, o preço do produto certamente aumentaria de preço, e ele teria grande vantagem financeira com a receptação.
Conforme a delegada titular da Derf, Elaine Fernandes da Silva, o comerciante tinha conhecimento de que tratava de mercadoria furtada, pois era cliente da empresa vítima e possuía conhecimento dos procedimentos para aquisição de produtos de forma legal, os quais deveriam estar vinculados a nota fiscal.
“O suspeito confessou que comprou os produtos para levar vantagem, postura comum, já que na cultura da receptação, o indivíduo não tem a menor base de cidadania. O foco é exclusivamente no lucro, independente de ser dinheiro advindo de um crime”, lamentou a delegada.
Diante dos fatos, comerciante foi autuado em flagrante por receptação qualificada. Após a confecção dos autos ele foi transferido para a Cadeia Pública de Várzea Grande, onde ficará à disposição da Justiça.
Em razão do furto ter sido praticado no início do mês, os funcionários envolvidos não foram presos por não estarem em situação de flagrante, no entanto, serão indiciados no inquérito policial instaurado pelos crime de furto qualificado e associação criminosa.