Agentes da Polícia Federal fizeram, esta manhã, buscas em residências e empresas em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Itanhangá, Guarantã do Norte, Marcelândia, Primavera do Leste e Tangará da Serra para combater fraudes de documentos, no sistema do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis.
A operação também ocorreu em Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins. Foram cumpridos 48 mandados de busca e apreensão contra pessoas que foram beneficiadas com as fraudes, além de cinco prisões de falsificadores e estelionatários membros da associação criminosa. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Na investigação, foram constatados 122 desembargos irregulares em nome de 54 pessoas fiscais ou jurídicas, realizadas por quadrilha composta de ao menos 7 envolvidos. É estimado prejuízo de ao menos R$ 150 milhões em multas não pagas e descumprimento de embargos em áreas ambientais da Amazônia Legal.
O inquérito policial foi instaurado a partir da identificação, pelo IBAMA, da fraudes ocorridas contra diversos de seus Superintendentes, Agentes e fiscais, com o uso de tokens expedidos indevidamente por terceiros falsificadores. Houve colaboração de informações de inteligência entre o IBAMA e PF para levantamento dos fraudadores, beneficiários e suposto envolvimento de outros intermediários e servidores públicos.
Em levantamentos iniciais realizados no âmbito da PF, fora identificada quadrilha já investigada pela PF no estado de Goiás, e a conexão com diversas fraudes ocorridas em todo o Brasil, tendo como beneficiários principais grandes propriedades rurais localizadas nos estados do Pará e do Mato Grosso. Essas fazendas têm como sócios pessoas físicas e jurídicas de diversos estados do sul, sudeste e centro-oeste.
A operação tem por objetivo a coleta de mais provas e dados acerca das fraudes, inclusive identificação de intermediários entre os falsários e beneficiários, inclusive com auxílio de servidores públicos.