A Polícia Civil de Sorriso recebeu, na última sexta-feira, denúncia de uma mulher que procurou a delegacia e declarou ter sofrido abuso sexual quando era criança e acusando o mesmo homem que confessou, semana passada, o estupro e morte da garota Sara Vitória Fogaça Paim (ocorrida há 10 anos e corpo não foi encontrado). A vítima, que atualmente tem 19 anos, informou à Polícia Civil que sofreu abuso pelo suspeito quando tinha nove anos. Os policiais colheram as declarações da vítima e o suspeito passa a ser investigado por esse novo crime.
O acusado, que hoje tem 58 anos, teve a prisão temporária convertida em prisão preventiva após decisão da juíza da 1ª Vara Criminal de Sorriso, Emanuelle Chiaradia Navarro, que acatou representação encaminhada pelo delegado André Eduardo Ribeiro, informa a assessoria da Polícia Civil.
Investigadores concluíram as buscas no terreno onde o suspeito apontou que teria enterrado o corpo de Sara e, conforme Só Notícias já informou, foram feitas varreduras durante dois dias, com máquinas escavadeiras, em toda a área do lote. “O local foi varrido 100% e corpo não está no local. Não é que não encontramos o corpo da criança, não existe nada no local. As investigações continuam, vamos fazer diligências e ouvir outras pessoas, se necessário e continuamos investigando”, informou o delegado André Ribeiro.
O suspeito confessou o abuso sexual e depois o homicídio e ocultação do cadáver da criança e disse aos policiais que não se recorda de onde exatamente teria enterrado à época o corpo de Sara, pois, segundo ele, já teria passado dez anos do crime e haveria mudanças no local. As escavações foram feitas em terreno baldio em um bairro.
O delegado reforça que as investigações da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa continuam em busca dos restos mortais da menina. “As investigações não encerraram, é uma prioridade da nossa divisão. No terreno onde o preso indicou dois pontos, foi feita uma varredura completa e nada foi localizado. Vamos continuar as investigações e em busca também para saber se há novas vítimas do investigado e, principalmente, pelos restos mortais da criança”, reforçou o delegado.
Sara tinha cinco anos, quando desapareceu, em junho de 2010, após brincar com outras crianças, próximo ao estádio. Na volta para casa, ela foi abordada pelo investigado, que à época do crime tinha 48 anos.