A justiça revogou a prisão preventiva de um dos acusados de envolvimento no homicídio de Carlos Alexandre Leite da Silva, 31 anos. A vítima foi morta a pauladas e pedradas, em janeiro de 2017, em uma região de chácaras na comunidade Vitória.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) o crime foi cometido por cerca de dez pessoas, a maioria menores de idade. Um dos três adultos que teria envolvimento no homicídio foi preso em julho deste ano, em Alta Floresta (300 quilômetros de Sinop).
Ao determinar a soltura dele, a Justiça destacou que “não há dúvidas a respeito da comprovação da materialidade delitiva”, porém, “os indícios de autoria existentes até o presente momento não são firmes o suficiente com relação ao acusado”. “Neste ponto, como bem salientado pelo ente Ministerial, não há motivos que sustentem a ordem de constrição cautelar do acusado”, consta na decisão.
Em 2018, a Justiça decidiu mandar a júri popular dois acusados pelo crime. Eles vão responder, em julgamento, por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe, de maneira cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Também foram pronunciados por corrupção de menores (seis vezes) e organização criminosa.
O júri popular chegou a ser marcado para o dia 16 de abril deste ano. No entanto, em razão da pandemia de coronavírus, acabou sendo cancelado e não há nova data designada. Os dois acusados pelo crime seguem presos.
Um policial civil que trabalhou nas investigações declarou à Justiça que o crime foi cometido em razão de uma rixa entre facções. Detalhou também que o rosto da vítima ficou totalmento desfigurado “em razão dos diversos golpes que sofreu”. Os criminosos também escreveram, ao lado do corpo de Carlos, as siglas C.V., em referência a uma facção criminosa.